Embora o sistema de saúde do Pa­­raná tenha gargalos a serem superados, o estado conta com atendimentos que são referência para o país. Entre eles está o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (Caif), parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Associação de Reabilitação e Pro­­moção Social do Fissurado Labio­­palatal (Afissur). O centro é voltado para o tratamento das deformidades craniofaciais e funciona desde 1992. Além do Paraná, o país conta com apenas mais um centro para tratamento do problema, em Bauru (SP).

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O Hospital Erasto Gaertner, con­­siderado um dos maiores do Sul do país na área de oncologia, também é referência. No ano passado, foram realizados 360 mil atendimentos e cerca de 1 milhão de procedimentos. Mensalmente, são mil novos casos de câncer atendidos. O superintendente Flávio Tomasich afirma que o hospital investe em tecnologia, padrão de atendimento e gestão de acordo com as normas ambientais para se manter como um hospital de referência, além de ter destaque em tratamentos como radioterapia, tratamento para leucemia e alguns tipos específicos de cirurgia. Toma­­sich afirma que os recursos do Sis­­tema Único de Saúde (SUS) cobrem apenas 80% dos custos no tratamento, e, para os investimentos, são firmados convênios com ou­­tras secretarias estaduais (como a de Ciência e Tecnologia) e convênios internacionais.

Já o serviço de cirurgia plástica para queimados do Hospital Evan­­gélico, recebe pacientes de todo o país e atua há 41 anos no atendimento às vítimas de queimadura. De acordo com o chefe do serviço, José Luiz Takaki, o Paraná tem 5 mil novos pacientes com queimadura todos os anos. O hospital está na fase final da implantação do banco de pele (será o terceiro no país), e mantém um ambulatório para tratar pacientes com sequelas do problema, além de investir na prevenção. No entanto, Takaki des­­taca que o serviço, de alta complexidade, é caro para ser mantido, pois o paciente precisa ficar no hos­­pital por um longo período. "Temos uma demanda de 500 in­­ternações por ano em um local com apenas 30 leitos, sendo 15 pediátricos".

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O Hospital de Clínicas da UFPR é o hospital do estado mais atuante no transplante de medula óssea. No ano passado, 2 mil pessoas fo­ram transplantadas e mais de 800 fazem consultas todos os meses, além da realização de mais de 6 mil procedimentos como punção ao mês.

Na área pediátrica, o destaque é o Hospital Pequeno Príncipe, habilitado para atender pelo SUS em áreas como cirurgia cardiovascular pediátrica (é o segundo hospital no país em número de procedimentos), transplantes (rim, fígado, tecidos), e implante coclear. A área de oncologia atende o maior nú­­mero de crianças com câncer no Paraná, com 6.729 consultas am­­bulatoriais em 2009. Fornece ainda assistência para crianças vítimas de violência sexual e atendimento para crianças com aids.

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