Maquete do novo prédio do Hospital do Trabalhador, em Curitiba| Foto: Venilton Küchler /Sesa-PR

O segundo maior hospital totalmente público do Paraná, o Hospital do Trabalhador (HT), em Curitiba, vai ganhar um anexo exclusivo para atendimento à mulher. Previsto para ser inaugurado até fins de 2017, o espaço pretende emergir como a primeira unidade estadual de atendimento integrado a mulheres vítimas de violência física grave, além de propor serviços especializados em obstetrícia e emergências ginecológicas.

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R$13,5 milhões

É o custo previsto das obras do Anexo da Mulher. A construção do espaço deve começar em fevereiro de 2016, com duração de 540 dias.

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Na última sexta-feira (11), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou a Construtora Guetter Ltda como a empresa vencedora do certame aberto para dar início às obras. Os trabalhos devem começar em fevereiro de 2016 e somar custo de R$ 13,5 milhões. A verba, segundo a diretoria do hospital, já está garantida.

Em uma área de quatro mil metros quadrados, o “Anexo da Mulher”, como vai ser chamado o espaço, abrigará a maternidade do HT, dois centros cirúrgicos – para partos de baixo risco e de alto risco –, e 80 leitos de internação. Trinta destes leitos serão da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos quais vinte serão para uso neonatal e pediátrico, e dez exclusivamente para pacientes mulheres. Com as obras prontas, o HT terá a capacidade de leitos ampliadas de 222 para 302 leitos.

“Muito mais do que a construção de um prédio, o projeto tem a alma de um conceito, e esse conceito extrapola uma maternidade”, ressalta o médico e diretor-geral do HT, Geci Labres de Souza Júnior, explicando que a ideia não é fazer da instituição referência em serviços prestados somente a gestantes, mas a todo o público feminino.

“Vamos disponibilizar equipes de ginecologistas especializados em emergências obstétricas. Mas, ao mesmo tempo, vamos ter atendimento exclusivo em casos de violência grave contra a mulher. É a integração do IML [Instituto Médico Legal] para perícia, delegacia e hospital em um só lugar”, destacou o diretor.

O espaço será construído em um terreno próprio do hospital, em uma área que atualmente abrange o estacionamento da instituição. Após a inauguração, o estado deve estudar a possibilidade de abrir vagas para residência médica na área.

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Novo espaço vai trazer ampliação do pronto-socorro

Além do deslocamento dos serviços da atual maternidade, as obras do Anexo Mulher - parte do plano diretor do Hospital do Trabalhador válido entre 2015-2020 - permitirão ainda a ampliação do pronto-socorro do HT – que absorve hoje 60% dos atendimentos de urgências traumáticas graves da capital.

De acordo com Geci Labres de Souza Júnior, o atual imóvel ocupado pela maternidade do HT será, tão logo o espaço da mulher for inaugurado, parte do pronto-socorro e deverá abrigar a ala ortopédica dos atendimentos – atualmente concentrado junto com a ala de cirurgia geral, em apenas um espaço.

“Isso é para melhorar o fluxo dos pacientes”, garante o diretor-geral. Segundo ele, o prédio da maternidade deve passar por uma reforma de seis meses antes de receber a ampliação do pronto-socorro.