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Surto

HU testa antibiótico contra bactéria

O Hospital Universitário (HU) de Londrina vislumbra a possibilidade de combater a bactéria Klebsiella spp ou Enterobacter com um antibiótico chamado de tigeciclina e começou a testar o remédio em um dos 16 pacientes internados e confirmados com a bactéria. Ontem, o Ministério Público de Londrina instaurou um procedimento investigatório para apurar as causas da contaminação no hospital.

Segundo a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário de Londrina (CCIH), Cláudia Carrilho, o antibiótico não é comumente usado, mas se mostrou eficiente no combate ao micro-organismo. Ainda há cinco pessoas suspeitas de estarem contaminadas com a bactéria.

Cláudia explicou que nenhum outro antibiótico usado normalmente foi eficaz contra a bactéria, mas que esse ajudou no combate do micro-organismo no paciente transferido de Goiás – que teria levado a bactéria ao HU. Testes em laboratório confirmaram a eficácia. De acordo com a coordenadora, ele tomou o remédio durante sete dias e apresentou melhora no quadro clínico, recebendo alta. Entretanto, Cláudia disse que o tigeciclina somente tem eficácia em alguns tipos de infecções causados pela Klebsiella spp, como na pele, nos músculos e tecidos abdominais.

Um dos pacientes internados no HU apresentou febre. "Não sabemos se a febre é causada pela Klebsiella spp ou por outro motivo, já que o paciente tem outras bactérias no corpo", afirmou Cláudia. Por causa disso, o antibiótico começou a ser testado no paciente na noite de quarta-feira. "Vamos ver como o quadro vai evoluir e depois fazer exames de urina para ver se a paciente continua com a bactéria", afirmou.

Goiás

A bactéria chegou ao HU por meio de um paciente que esteve internado em Goiás (primeiro em Itumbiara e depois em Goiânia) e foi transferido para Londrina em fevereiro. Vítima de um acidente, ele teria sido transferido com um equipamento contaminado. O segundo caso foi confirmado no dia 10 de março. Desde o último sábado, o hospital suspendeu novas internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e restringiu o atendimento em quase todo o Pronto-Socorro (PS). A Vigilância Sanitária de Goiás pediu informações para a direção do HU sobre o surto.

Ministério investiga causas

Um procedimento investigatório foi instaurado pelo Ministério Público de Londrina para apurar as causas da contaminação. "É um procedimento de praxe para sabermos o que houve no HU. Não há desconfiança das informações, mas temos que apurar o que ocorreu e se as medidas tomadas foram adequadas. A sociedade quer saber o que houve", explicou o promotor de Defesa da Saúde Pública, Paulo Tavares.

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