Incêndio
Um duto de saída da fábrica foi destruído por um incêndio na manhã desta sexta-feira (13). As chamas foram controladas em pouco tempo. Apesar de 20 funcionários estarem trabalhando na indústria no momento do incêndio, ninguém ficou ferido.
A Heringer informou, em nota, que vai investigar a causa do incêndio. As chamas, segundo a empresa, começaram na base da tubulação de uma lavadora, que teria se propagado rapidamente até a chaminé.
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou em R$ 60 mil a empresa Heringer Fertilizantes, localizada no município de Paranaguá, Litoral do estado. De acordo com informações da Agência Estadual de Noticiais, desta terça-feira (17), a indústria estaria emitindo gases na atmosfera acima dos padrões ambientais permitidos pela legislação.
A multa foi aplicada após a análise dos laudos de emissões de partículas, realizada pelos laboratórios do instituto. O levantamento apontou que a emissão de dióxido de enxofre atingiu quase o dobro do permitido. Segundo o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, a empresa terá prazo de 60 dias para adequar os equipamentos com as normas vigentes.
Esta é a segunda multa emitida à empresa em menos de um mês. Em 28 de janeiro, a Heringer já havia sido autuada pelo IAP, em R$ 80 mil, pelo despejo de efluentes em desacordo com a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 357/2005. A resolução prevê que o lançamento de sulfatos em rios e córregos não deve ultrapassar 250 miligramas por litro, enquanto a empresa lançava 400 miligramas por litro na Bacia do Rio Cachoeira.
A chefe do escritório regional do IAP em Paranaguá, Noelle Costa Saborido, explicou que o empreendimento deve contar com sistema de controle de emissões atmosféricas para manter suas emissões dentro dos parâmetros vigentes. A empresa é obrigada, ainda, a monitorar constantemente o pó liberado no processo industrial e implantar uma cortina vegetal para isolar melhor a fábrica. O forno utilizado também deverá ser totalmente enclausurado. A Heringer inaugurou sua unidade, em Paranaguá, em de novembro do ano passado. A fábrica produz superfosfato simples, ou supersimples, fertilizantes utilizado em larga escala por produtores de milho, soja e feijão. A unidade também produz ácido sulfúrico e produtos para outras formulações de adubos e fertilizantes.
Moradores reclamavam de fumaça
Há um mês, reportagem do telejornal Paraná TV, da RPC TV, mostrou que moradores de Alexandra reclamavam da fumaça expelida pelas chaminés da fábrica de fertilizantes Heringer. Em relato ao telejornal, eles afirmaram estar sofrendo problemas de saúde, como irritação na pele, olhos e garganta por causa dos gases lançados pela empresa. No pátio da indústria era possível ver um enorme depósito do produto químico utilizado na fabricação dos fertilizantes.
Na ocasião, a Heringer informou à produção do Paraná TV que adotava todas as práticas ambientais exigidas. Quanto ao produto que estava no pátio da fábrica, a assessoria da Secretaria Estadual do Meio Ambiente informou que se tratava de enxofre e que a legislação dizia que o material devia ficar a céu aberto por causa de risco de combustão.
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