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Guerra judicial

Impasse impede novos negócios

Ninguém sabe ao certo quem é o proprietário da Gleba Juvevê. O terreno em questão é palco de impasses desde 1940. De acordo com o Instituto Nacional de Previdência Social (INSS), a área de 191,48 mil metros quadrados, tamanho que corresponde a 25,6 campos de futebol, foi doada pelo ex-governador do estado Caetano Munhoz da Rocha Neto ao então Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários, em 1940.

Já de acordo com moradores da região, a área sobre a qual o INSS alega posse é, na realidade, parte de um terreno do francês Jorge Polysu. Depois de falecido, as terras de Polysu teriam sido inventariadas para os herdeiros Milka Soares Polysu e Abdo Soares. Estes, então, passaram a vender lotes na região. "O erro vem lá do início do século, quando foi fabricado muito papel de uma área que não existe. Os herdeiros não conseguiram vender a terra porque ela está embargada na Justiça", conta a desempregada D.H., que pesquisa a história da região desde que invadiu um dos lotes, há nove anos. Com mapas e pastas contendo documentos antigos sobre a área, D. ainda está organizando a papelada e as idéias. "É tudo muito confuso. Só sei que o terreno que o INSS alega ser dele, não é aqui", conta. De acordo com a pesquisa da desempregada, o mesmo lote está registrado em três cartórios diferentes. "É uma bagunça", afirma.

O diretor de Desenvolvimento Urbano do Sindicato da Habitação (Secovi), Maurício Moritz, hoje a região vale, em média R$ 350 o metro quadrado, valor que deve aumentar com o projeto de implantação do complexo judiciário na região. "É uma pena ter esse terreno ocioso, porque é um local ótimo para empreendimentos imobiliários", afirma Moritz.

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