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Não se pode generalizar e afirmar que todos os motoboys são imprudentes. "Assim como em todas as profissões, existem os bons e os maus motoboys. O problema é que todos acabam pagando a conta", resume um entregador. "Tem motoqueiro que se disfarça entre a gente e nós acabamos sendo malvistos", emenda outro rapaz.

O presidente do Sintramotos, Tito Mori, também diz que são poucos os integrantes da categoria que prejudicam o trânsito. Ele conta que o sindicato recebe cerca de 25 reclamações por telefone diariamente, o que considera pouco pelo fato de existirem cerca de 20 mil motoboys em Curitiba.

Mori ressalta que a pressão imposta por empregadores sobre os motoboys não justifica que eles saiam pelas ruas cometendo infrações. "Isso é mera desculpa. Quem sofre essas pressões são os mais jovens. Pressão é assédio moral. É crime", alerta. Mori defende que a regulamentação da profissão deve coibir a direção perigosa dos motoboys. Uma lei tratando do assunto deve entrar em vigor na cidade no próximo mês. O presidente explica que todos os entregadores deverão estar cadastrados na Urbs (empresa que controla o transporte coletivo em Curitiba) para poder trabalhar. "Gravando um número na motocicleta, o motoboy deve mudar a sua postura, pois será fácil identificá-lo", adianta Mori.

Para todos

Outra resolução que entrará em vigor a partir do dia 6 de agosto deve trazer mais segurança para todos os motociclistas. As novas regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) trazem exigências relacionadas ao uso do capacete, que deverá seguir alguns padrões. A proteção deverá ter dispositivo reflexivo em todos os lados, selo do Inmetro, viseira clara para a noite, faixa de ajuste para o queixo, além de proteger toda a cabeça. A resolução, que apresenta resistência entre os condutores de moto e já provocou protestos na capital, ainda determina que o motociclista proteja os olhos com a viseira do capacete ou com óculos especiais para a direção.

"A curto prazo essas mudanças geram gastos, mas a longo prazo vão resultar em segurança. Os óbitos de motociclistas estão aumentando muito", afirma a capitão Andréia Cristina Lazzaroto, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). As penalidades para quem não cumprir a resolução são: sete pontos na carteira, multa de R$ 191,54, retenção da moto e da carteira de habilitação. Para orientar os condutores sobre as novas regras e outras leis de trânsito, o Departamento de Trânsito do Paraná e o BPTran farão na tarde hoje, Dia do Motociclista, uma blitz educativa nas ruas de Curitiba. (JO)

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