Um morador de rua, de 51 anos, teve parte do corpo queimado durante um incêndio que destruiu o abrigo improvisado onde ele estava na noite da última quarta-feira (13), em Mandaguari, no Norte do Paraná. O homem é catador de materiais recicláveis e disse à polícia ter sido assaltado por dois rapazes, que, depois de pegarem o dinheiro, teriam tentado atear fogo no corpo dele.
Segundo informações da Polícia Militar (PM) do município, o morador de rua disse que estava ao lado da carroça, utilizada por ele para recolher os produtos recicláveis, quando foi abordado por dois indivíduos em uma moto. Após anunciarem o assalto, os rapazes teriam pegado R$30 e jogado álcool na vítima. Em seguida, os homens supostamente atearam fogo no corpo dele. O caso ocorreu na região central da cidade, na Rua Vereador Tertuliano Guimarães Júnior, por volta das 19h30.
A Polícia Civil de Mandaguari informou, nesta sexta-feira (15), que irá analisar câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local da ocorrência para tentar obter informações sobre os suspeitos.
Outra versão
A equipe de investigação da polícia também trabalha com a hipótese de que a própria vítima tenha provocado o incêndio incidentalmente e, por medo de receber algum tipo de punição, tenha inventado a história do assalto. "Na hora em que aconteceu isso, o rapaz estava preparando um miojo numa espécie de fogareiro improvisado, que usa álcool para aquecer a panela. Talvez, por acidente, ele mesmo tenha 'tacado' fogo ali no local. Ele fala que foi roubado, mas ainda tinha com ele a carteira e o celular, então cogitou-se outra hipótese", relatou o investigador Tiago, da delegacia de Mandaguari.
Segundo a polícia, testemunhas ouvidas até agora informaram não terem escutado barulho de moto ou gritos. Mais pessoas foram convocadas para prestar depoimentos, e a expectativa é de que a equipe de investigação tenha acesso às imagens de câmeras ainda nos próximos dias.
O morador de rua está internado em um hospital de Arapongas. A polícia informou que o estado de saúde dele é estável, e que ele não corre risco de morte. Os maiores ferimentos foram nas orelhas.
A reportagem entrou em contato com o Hospital Regional João de Freitas, para onde a vítima foi levada, mas os funcionários disseram não poder passar informações sobre o estado de saúde do paciente.
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