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De acordo com o presidente do Conselho Regional de Enge­nharia e, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Álvaro Cabrini Junior, o fato de profissionais julgarem colegas de profissão não torna o processo mais brando. "O corporativismo que existia antigamente acabou. Hoje ninguém se conhece. Lutamos cada vez mais para que os defeitos e erros sejam punidos com severidade. Não queremos os maus profissionais, apenas os bons".

Cabrini diz que se o corporativismo ainda existisse, o julgamento poderia ser uma faca de dois gumes. "Da mesma maneira que um profissional pode ter um amigo o julgando, pode ter um concorrente. Por isso o corporativismo é combatido, principalmente pelo Crea."

Marisol Dominguez Muro, presidente do Conselho de Farmácia, defende que as decisões éticas envolvendo profissionais da própria classe devam sempre ser avaliadas pela própria classe. "Os colegas têm mais gabarito para julgar um profissional, do que um juiz, por exemplo". Ela explica que um conselho de classe tem a finalidade e o dever de proteger a sociedade dos profissionais ruins. "Nós queremos dar o exemplo. Não existe corporativismo. No Conselho de Far­mácia, quando um conselheiro conhece o farmacêutico, ele se retira."

O corregedor-geral do Conselho de Medicina, Alceu Fontana Pacheco, explica que o número de denúncias é grande, mas a maioria não é grave e, portanto, não merece uma punição mais severa. "Um paciente teve a consulta atrasada em dez minutos e denuncia ao Conselho. Nós ouvimos o médico e ele relata que atrasou porque estava atendendo outra pessoa. É um caso que não merece punição", diz, lembrando que o conselho julga apenas aspectos éticos dos procedimentos.

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