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Tragédia em Londrina

Inquérito de chacina deve ser concluído até o fim desta semana

A Polícia Civil de Londrina deve concluir ainda esta semana o inquérito que investiga os quatro assassinatos ocorridos no último sábado (3) na zona oeste. O maquiador Diego Quirino foi preso em flagrante e é acusado de matar a facadas a própria mãe, além de três vizinhas, enre elas a líder do movimento negro em Londrina, Yá Mucumby. A polícia aguarda apenas alguns laudos da perícia para encerrar a investigação. De acordo com o delegado Willian Douglas Soares, restam apenas os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e da perícia feita nos corpos e nos locais onde os crimes ocorreram. "Pretendo encerrar o inquérito até sexta-feira [9], pois todos os trabalhos da Polícia Civil já foram concluídos, com exceção do relatório final", informou.

Soares não soube dizer quando os laudos técnicos ficarão prontos. "Não sei se haverá tempo hábil, mas devo concluir mesmo se os laudos não chegarem", afirmou, ao ressaltar que já ouviu os depoimentos de todos os envolvidos no caso.

O Jornal de Londrina tentou contato com o perito responsável pelos laudos, mas ele não foi localizado na tarde desta quarta-feira (7). No Instituto de Criminalística, a previsão era de que o material fosse entregue até o fim de semana.

Acusado teria obedecido a "vozes"

Diego Quirino, de 30 anos, foi ouvido pelo delegado Willian Douglas Soares na terça-feira (6), na Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II), onde está detido em uma cela isolada. À polícia, ele revelou que "ouvia vozes" e que "elas ordenaram" que ele cometesse os crimes. Ele teria dado uma versão detalhada de como o crime aconteceu e confessou ter matado as quatro mulheres.

Segundo o delegado, o suspeito contou ainda que, no momento do crime, não via as pessoas da família. "Para ele, não eram as pessoas que conhecia e amava, mas sim espíritos da maldade que ele tinha que eliminar." Ele alegou que estava libertando essas pessoas.

Na avaliação de Soares, Quirino ainda não se deu conta de que matou a própria mãe. "Parece que ele ainda não voltou ao normal, pois eu indaguei se ele continua ouvindo vozes e recebendo ordens e ele respondeu afirmativamente."

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