O Instituto Fernandes Figueira (IFF) promove na próxima sexta (22) atividades educativas com mães e crianças para reforçar a importância da doação de leite materno. O evento faz parte de uma série de comemorações pelo Dia Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado nesta terça-feira (19) em 23 países, entre eles o Brasil. A ideia é sensibilizar cada vez mais mulheres em fase de amamentação a doar o leite excedente em prol de bebês prematuros e nascidos abaixo do peso.
“O leite doado garante a segurança alimentar e nutricional desses bebês, ajudando no desenvolvimento mais rápido das crianças”, diz Danielle Aparecida da Silva, gerente do Centro de Referência para Bancos de leite humano do IFF. “O leite humano é o único capaz de oferecer fatores de proteção ideais para um bebê em período critico e dar a ele a oportunidade de ter alta mais rápido. É doar vida”, resume.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, com sede no IFF, possui 214 unidades de banco de leite e 145 postos de coleta em todo o país - onze delas na cidade do Rio, além de unidades em Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Volta Redonda e Campos.
Apesar do esforço, a realidade ainda não atende as expectativas. Muitas unidades de UTIs neonatais ainda não contam com banco de leite. E o número de doadoras nas unidades já existentes ainda fica abaixo da demanda.
“Há períodos em que as doações têm uma queda grande. Para atender às demandas, necessitaríamos elevar o número de doações em 40%”, diz Danielle. “Temos no IFF em média 150 a 200 doadoras por mês, o que contabiliza cerca de 250 litros mensais. Mas o ideal é aumentar esse índice”, comenta.
Em 2014, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano distribuiu mais de 140 mil litros de leite para cerca de 180 mil receptores em todo o país. Sem a ajuda das mães doadoras, a situação seria crítica. A amamentação nos seis primeiros meses de vida ajuda a salvar, por ano, mais de seis milhões de bebês em todo o mundo.
Segundo Danielle, as mães interessadas em doar leite podem entrar em contato com o banco de leite, apresentar exames feitos no pré-natal e então recolher os frascos de vidro para a coleta. Não há quantidade mínima nem máxima para a doação. O leite recebido passa por um controle de qualidade antes de ser distribuído às crianças que precisam.
O Dia Mundial de Doação de Leite Humano passou a ser celebrado em 23 países da América Latina, Europa e África a partir de 2005. O exemplo foi logo seguido por outros países. No Brasil, a ação conta com campanhas de promoção da doação de leite materno por meio de palestras, cartazes e eventos com as mães.
Na sexta, a partir de 9h, o IFF promove evento com mães receptoras e doadoras, que poderão compartilhar as experiências sobre seus bebês. Além disso, o Projeto Dança Materna promoverá uma aula experimental para mães e bebês.
“É uma interação entre quem doa e quem recebe. E a doação costuma ser terapêutica. Em vez de deixar que o excesso de leite se acumule e cause transtornos à mãe, ela ainda pode ajudar a tornar outro bebê saudável”, conclui Danielle.
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