Em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta manhã de sábado (18), o coronel Eduardo Félix de Oliveira, comandante-geral do Policiamento de Choque da Polícia Militar, relatou como foram as negociações entre os policiais militares e o industriário Lindembergue Fernandes Alves, de 22 anos, que manteve a ex-namorada, Eloá, de 15 anos, refém por quase cinco dias num apartamento da CDHU em Santo André, no ABC paulista.
O comandante afirmou que o resultado final do seqüestro foi provocado pelo rapaz. "A invasão só seria em último caso. Nós fizemos de tudo para preservar a vidas das três pessoas que estavam no apartamento. Lindembergue apresentou em todo o tempo picos de alternâncias de humor. Quem provocou esse desfecho de invasão foi o responsável pela crise", afirmou o coronel, defendendo o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), como "um dos grupos mais bem preparados, não só no Brasil."
Em relação ao polêmico retorno da amiga de Eloá, Nayara, ao cativeiro, o coronel disse que a adolescente estava calma e que, apesar da idade, assim foi feito porque ela "é uma menina de muita responsabilidade".
Teriam ocorrido cinco disparos nos momentos finais do seqüestro, mas a perícia ainda não definiu a quantidade de tiros. Um deles atingiu a parede, dois acertaram Eloá e outro, Nayara. "Ele deu o primeiro tiro. No momento da entrada dos policiais, ele descarregou a arma e atirou inclusive contra a nossa equipe. Eu confio 100% na minha equipe. Eles não invadiriam o apartamento se não tivesse ocorrido o disparo", acrescentou o coronel.
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