• Carregando...

Mais quatro delegados, um superintendente da Polícia Civil e um capitão da Polícia Militar (PM) foram afastados ontem pela Operação Avalanche – comandada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC), em Foz do Iguaçu. Todos são acusados de irregularidades envolvendo jogos de azar. Pelo mesmo motivo, na terça-feira, o delegado-chefe da 6.ª Subdivisão Policial (SDP), em Foz, José Roberto Jordão, foi preso em flagrante ao receber R$ 1 mil de propina.

Foram afastados ontem os delegados Germano do Nascimento Filho (que comandou na última temporada a Operação Verão na Costa Oeste e atualmente dirigia a Assessoria de Relações com a Comunidade da Polícia Civil); Cláudio Teruo Kikuchi (titular na cidade de Santa Terezinha do Itaipu); Luiz Carlos de Oliveira (também comandou a Operação Verão, mas no Litoral, e estava na Delegacia de Proteção ao Patrimônio Público); e Walter Vicente de Oliveira (lotado no 6.º Distrito Policial de Foz do Iguaçu).

Da PM, o afastado é o capitão Sérgio Luiz de Souza Satto, que já trabalhou em Foz do Iguaçu e atualmente estava no 9.º Batalhão da PM, no Litoral. Além desses nomes, o procurador Rudi Burkle, da PIC, confirmou também o afastamento do superintendente da 6.ª SDP, Mário Jorge, e do escrivão Ademilton Teles.

Segundo Burkle, mais de 100 pessoas estão sob investigação da Operação Avalanche. Dessas, 40 são policiais. "Todos estão sujeitos a também ter prisões decretadas, dependendo das investigações", aponta. Diante do grande número de pessoas envolvidas e de crimes praticados, o procurador afirma que a investigação não tem prazo para terminar.

Posse

A Sesp divulgou ontem o nome do novo delegado-chefe da 6.ª SDP. Márcio Vinícius Ferreira Amaro, 41 anos, assume o cargo. Hoje à tarde, Ferreira Amaro se reúne com o secretário Luiz Fernando Delazari, em Curitiba, para definir o plano de ação em Foz. No início da semana que vem, Amaro assume a chefia da 6.ª SDP oficialmente.

Mineiro de Juiz de Fora, o novo titular de Foz do Iguaçu é delegado há 13 anos, ocupando há um ano e meio o cargo de delegado-adjunto da 10.° SDP, em Londrina. Antes, serviu sete anos e meio na cidade de Porecatu, também no Norte do estado, e cinco em delegacias de Londrina, entre elas na Furtos e Roubos e na seção de Homicídios.

Sobre o fato de assumir um departamento manchado pelas denúncias de corrupção, o novo delegado-chefe afirma que vai para Foz do Iguaçu justamente para tentar recuperar a imagem da Polícia Civil. "É um desafio. Mas não vou resolver nada sozinho. Vamos trabalhar em conjunto, seguindo o planejamento do secretário Delazari", comenta.

Por meio da assessoria de imprensa da Sesp, o secretário Delazari informa que vai acompanhar de perto o trabalho do novo delegado, bem como dos policiais que permanecem em Foz do Iguaçu.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]