A irmã e o sobrinho de Clemans Abujamra foram condenados a 15 anos e três meses de prisão, em regime fechado, nesta quinta-feira (28) pelo assassinato da empresária. Clemans foi morta com 12 facadas, em abril de 2013. O corpo foi encontrado em um terreno baldio no bairro Batel, região nobre de Curitiba. O julgamento, no Tribunal do Júri, começou na quarta-feira (27) e terminou hoje.
Christiane Abujamra e Arnold Vianna foram condenados a 14 anos pelo crime de homicídio e a 1 ano e três meses por fraude processual. Os réus não poderão recorrer em liberdade.
O Ministério Público vai recorrer da sentença pelo fato de os jurados não terem considerado que o crime foi qualificado. De acordo com a promotora Rosany Pereira Orson, houve emprego de meio cruel devido às facadas e ao sofrimento da vítima. “O Ministério Público considera que existe a qualificadora e tem provas técnicas e testemunhais disso”. Se o recurso do MP for aceito pelo Tribunal, pode ocorrer outro júri e há a possibilidade de a pena dos réus aumentar.
O advogado Elias Mattar Assad, que atuou como assistente de acusação, considerou a pena satisfatória. “A sociedade aguardava uma resposta sobre esse caso e hoje ela foi dada”, afirmou.
A defesa de Christiane Abujamra e Arnold Vianna foi feita pelo advogado Osman de Santa Cruz Arruda. Ele informou que não falaria com a imprensa e que vai se manifestar por meio dos autos.
Vítima morava nos EUA
Clemans era uma empresária, de 51 anos, que morava nos Estados Unidos com o marido, Roberto Nanamura, mas que vinha para Curitiba com frequência para tratar de vários assuntos, inclusive sobre a possibilidade de adoção de uma criança brasileira, conforme os planos do casal.
Sua irmã Cristiane e o sobrinho também viviam nos Estados Unidos e estavam há apenas 30 dias no Brasil quando Clemans foi assassinada.
Durante as investigações, foi apontada como possível causa para o assassinato um conflito em torno da herança que Clemans, Cristiane e suas irmãs deveriam receber após a morte do pai, Feres Abujamra Netto, mas tal suspeita foi descartada por falta de provas. Os acusados negam a autoria do crime.
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