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Mohammed D’Ali Carvalho dos Santos, de 20 anos, que confessou que matou, esquartejou e ocultou o corpo de Cara Marie Burke, de 17 anos, vai a júri popular e poderá ser condenado a 36 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Nesta sexta-feira (8), o inquérito policial foi concluído e Mohammed foi indiciado por crime hediondo e transferido para a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia.

Cristiano Cardoso da Silva, de 27 anos, que emprestou o Corsa branco com placas de Aparecida de Goiânia para Mohammed se livrar do corpo da inglesa também foi indiciado pela polícia. Cristiano é acusado de ocultação de cadáver, crime punível com pena que varia de um a três anos de prisão em caso de condenação

O inquérito com 127 páginas descreve a maneira como a jovem inglesa foi morta e esquartejada, o local, horário e instrumentos empregados para decapitar e retalhar o corpo em cinco partes, que foram espalhadas numa área de 30 quilômetros - desde a beira de uma estrada (BR-060) em Goiânia, até o ribeirão Sozinha, em Bonfinópolis, interior do Estado. A polícia procurou por vários dias as partes do corpo da jovem até conseguir reuni-las.

Mohammed se identifica como estudante, mas não há registro dele em escolas de Goiânia. Também não há registros de empregos fixos ou temporários dele na capital goiana. Ele sabe se expressar em outros dois idiomas (inglês e espanhol) e morou em dois países (Estados Unidos e Inglaterra).

De acordo com ele, é a sua mãe, que mora na Inglaterra, quem o sustenta. De Londres, onde trabalha, ela faz remessas mensais de R$ 2 mil. Com o dinheiro, Mohammed pagava aluguel e alimentos e comprava drogas , como cocaína e crack. Como apurou a polícia, que teve a ajuda de telefonemas anônimos e depoimentos de pessoas ligadas à vitima e ao assassino para desvendar o caso, a quase totalidade dos amigos de Mohammed é usuária de drogas.

O delegado Jorge Moreira, titular da Delegacia de Homicídios de Goiânia, disse que, nos últimos 11 dias, tempo que durou a investigação, nunca acreditou na inocência ou no arrependimento de Mohammed. "Ele não se arrependeu", disse Moreira. "Ele dissimula estar arrependido, mas se aproveitou do elemento surpresa para matar a garota inglesa de forma cruel, sem chances de defesa, e depois esquartejou o corpo de forma macabra", afirmou.

O delegado Carlos Raimundo Lucas Batista disse que ele é frio e cruel . "Tirou fotos, mandou torpedos, mostrou a seus amigos e relatou a eles tudo o que fizera", afirmou o policial.

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