Três dias após ter a perna esquerda amputada, o estudante Guilherme Carvalho Koerich, de 18 anos, que teria sido agredido por seguranças do James Bar, em Curitiba, recebeu alta do hospital na tarde desta terça-feira (15). Em entrevista nesta terça ao Paraná TV, o pai do rapaz, Jonas Koerich, comentou o caso. "Não havia a necessidade de nenhuma violência, nenhuma truculência, e não há justificativa para isso. Esse é o fator maior da nossa revolta. A gente tá completamente chocado com a situação", disse.
O suposto espancamento teria ocorrido na madrugada de 6 de maio, após o jovem informar que não tinha dinheiro suficiente para quitar a conta do bar (R$ 60). Após sair do local sem pagar, ele teria sido perseguido por um segurança, que o alcançou. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Rogério Martin de Castro, algumas testemunhas começaram a ser ouvidas nesta terça-feira, e pelo menos outras 18 devem depor ainda nesta semana. O advogado da família de Guilherme, Edson Rangel Júnior, disse que o rapaz reconheceu o funcionário envolvido no incidente quando ainda estava no hospital. "Dois policiais foram extraoficialmente ao hospital e levaram fotos dos funcionários que trabalhavam no bar naquela noite. Ele [Guilherme] apontou sem sombras de dúvidas quem foi que o agrediu", afirmou.
Uma equipe de profissionais da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) realizou nesta segunda-feira (14) uma perícia no estudante. Os exames foram feitos somente após a amputação, realizada em decorrência de uma séria infecção que obstruiu a artéria da perna e complicou o funcionamento dos rins. Segundo a Sesp, o resultado sairá em oito dias.
Histórico
O James Bar já foi condenado por um caso de violência ocorrido dentro do estabelecimento. Em 2011, a casa foi sentenciada pelo Tribunal de Justiça do Paraná a pagar R$ 10 mil de indenização para uma mulher agredida por outro cliente em 2005. Segundo a mulher, ela apanhou de um homem porque era homossexual e nenhum funcionário do bar tentou impedir a agressão. Além do James, o agressor também foi condenado a pagar o mesmo valor para a vítima.
O relator do processo, o desembargador Nilson Mizuta, justificou sua decisão argumentando que todo estabelecimento comercial, além de proporcionar os serviços de bar, música e entretenimento, tem a obrigação de oferecer um mínimo de segurança aos clientes. "A prevenção poderia e deveria ter ocorrido através da contratação de pessoal especializado e em número suficiente para conter os impulsos agressivos de terceiros", disse o desembargador.
Manifesto
Em protesto contra a violência, a família e os amigos do estudante Guilherme Carvalho Koerich estão organizando uma manifestação para a noite desta quarta-feira (16). Até as 20h de terça-feira, quase 2 mil pessoas haviam confirmado presença no evento, organizado pela rede social Facebook e denominado "Segurança sim, agressão não". Originalmente previsto para ocorrer na esquina da Avenida Vicente Machado com a Rua Coronel Dulcídio, o manifesto foi transferido para a Praça da Espanha, no bairro Batel. A mudança foi uma orientação da Polícia Militar, devido ao número de participantes confirmados.
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