Mesmo os especialistas consideram difícil fazer uma previsão de como estará a epidemia de aids em alguns anos. Mas a professora do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Paraná, Rita Esmanhoto, espera que os jovens, que já nasceram em um mundo com aids, levem para a vida toda o hábito de usar a camisinha. "A gente espera que essas pessoas tenham mais consciência e talvez possam mudar o retrato da aids na terceira idade. No entanto, os dados atuais não mostram um cenário muito positivo, porque mesmo esses jovens estão negligenciando a prevenção e se contaminando. Infelizmente o surgimento do tratamento causou um relaxamento nesse sentido", afirma.
Para o Jean Carlo Gorinchteyn, médico infectologista e coodenador da Divisão de Aids em Idosos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, embora a medicina tenha avançado muito nos últimos anos, a aids ainda é uma doença que carrega um forte estigma psicossocial "O tratamento existe, mas a cura não, é uma doença para a vida toda. E o preconceito continua sendo a maior barreira a ser vencida", observa. (CV)
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