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Consciência AMBIENTAL

Jovens se engajam na melhor destinação do lixo

Samuel Costa, Katiani  Louise  e Juliana Zaniolo fazem parte do Curitiba Lixo Zero e fizeram pinturas de gotas nos terminais de ônibus de Curitiba | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Samuel Costa, Katiani Louise e Juliana Zaniolo fazem parte do Curitiba Lixo Zero e fizeram pinturas de gotas nos terminais de ônibus de Curitiba (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Quem passou pelos terminais de ônibus de capital paranaense neste mês reparou em pinturas personalizadas acompanhadas com a frase “Curitiba Lixo Zero”. São desenhos que foram feitos para alertar à população sobre a gestão de resíduos e a conservação da água. A iniciativa foi de um grupo de jovens que compõe o coletivo Curitiba Lixo Zero. Juntos e em seus setores de trabalho, eles empreendem ações para reduzir a produção de lixo e estimular o reaproveitamento daquilo que a população produz.

O coletivo realiza parcerias tanto com o poder público quanto empresas e universidades para a realização de atividades que envolvam a sociedade e facilitem na educação e conscientização sobre o destino do lixo. Os jovens do coletivo, junto com outros de todo o Brasil, estão a partir desta quarta-feira (28) participando do Congresso Nacional Juventude Lixo Zero, em Curitiba, e que está sendo realizado na Universidade Positivo.

No congresso, o grupo de jovens pediu a participação de políticos e gestores públicos para que tomem consciência das ações feitas em conjunto por esses grupos e com a comunidade para melhorar a destinação dos resíduos. Eles querem mudança na padronização na destinação do lixo, pois defendem que nem sempre todos os tipos de resíduos sejam destinados para aterros ou reciclagem.

Trabalho

A assistente social Juliana Zaniolo, que é uma das jovens que compõe o coletivo, diz que as atividades feitas para a comunidade são voltadas para a gestão dos resíduos. Segundo ela, na maior parte das vezes os resíduos não têm a destinação correta. “Segundo dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), somente 1,5% do montante [de lixo] gerado é recuperado. Isso é preocupante, é uma calamidade pública. Queremos envolver a população para melhor destinar o lixo”, diz.

Ela defende que mandar resíduos para aterros e incineração nem sempre são boas destinações e que há melhores métodos, como a compostagem, que é o reaproveitamento de resíduos orgânicos. Em oficinas já realizadas pelo grupo, eles ensinam a população a colocar cascas de ovo, frutas e sementes em áreas do quintal de casa para que o lixo se transforme em adubo. “Nós alertamos somente para que as pessoas não coloquem materiais cozidos, pois isso pode atrair animais como ratos”, explica.

O grupo também já promoveu a limpeza e recuperação de um clube de mães na comunidade da Portelinha, no bairro Santa Quitéria, ensinando a população local a melhor utilizar e encaminhar o material estava descartado no local.

Juliana, junto com a bióloga Katiani Louise Merhy, trabalha também em uma empresa que faz gestão de resíduos em condomínios. Katiani explica que, muitas vezes, o poder público generaliza na forma como repassa informações sobre reciclagem para a população. “Nem todas as embalagens são recicláveis”, diz. Ela cita, como exemplo, embalagens de catchup coloridas. “É uma embalagem pet que não tem valor reciclável. O melhor destino é o aterro sanitário”, diz.

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