O segundo dia do julgamento sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio começou com a leitura da ata do dia anterior do julgamento, na qual a juíza Marixa Rodrigues fixou multa de R$ 18.660(30 salários mínimos) a três dos cinco advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, por terem abandonado o julgamento.
Os advogados Ércio Quaresma, Zanone Oliveira e Fernando Magalhães terão que desembolsar, cada um deles, essa quantia fixada pela juíza. Ela argumentou que houve abandono "sem razão juridicamente relevante".
Ela invocou também motivos financeiros, alegando ter havido "vultuoso gasto" despendido pelo Tribunal de Justiça para a preparação do julgamento de muita "complexidade", além de "tempo do juízo" e dos serventuários da Justiça. A juíza determinou que a seção mineira da OAB seja notificada dessa decisão.
Devem ser ouvidas quatro testemunhas hoje. Entre elas está João Batista, caseiro do sítio do ex-goleiro do Flamengo em Esmeraldas (MG). As delegadas Alessandra Wilker e Ana Maria Santos, responsáveis pelas investigações do caso, também devem ser ouvidas hoje.
O presidiário Jailson Alves de Oliveira poderá também falar no plenário hoje. Ele seria um informante, segundo a promotoria, e estaria recebendo ameaças.
Dos cincos acusados, apenas quatro estarão no banco dos réus nesta terça-feira --Bruno, Luiz Henrique Romão (o Macarrão), Dayanne Souza (ex-mulher de Bruno) e Fernanda Castro (ex-namorado do goleiro).Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi excluído do júri e ganhou prazo de dez dias para apresentar novos advogados após a desistência de seus dois defensores, Ércio Quaresma e Zanone Oliveira, por não concordarem com o prazo estabelecido pela juíza para as considerações preliminares.
O ex-policial recusou a indicação de um defensor público. A nova data do julgamento de Bola ainda não foi marcada.
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