A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem (MG), negou mais um pedido de liberdade para o goleiro Bruno de Souza, que jogava no Flamengo. Esse pedido chegou por e-mail e foi feito por um morador do Rio de Janeiro. Os advogados de Bruno também deram entrada a um habeas corpus, que foi negado na quinta-feira (15).

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Bruno é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Os dois tiveram um relacionamento no ano passado e ela tentava provar que teve um filho do jogador. A jovem não entra em contato com amigos e parentes desde o início de junho. Para a polícia, ela está morta. O atleta está preso e nega o crime.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o autor do e-mail que pediu a liberdade de Bruno alegou ilegalidade da prisão do goleiro. Na decisão, a juíza considerou que a mensagem "não tinha qualquer certificado digital, o que torna impossível a aferição da veracidade da qualificação do impetrante".

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A mesma magistrada negou o pedido de liberdade para o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, que também é suspeito de envolvimento no caso. Marixa entendeu "que se trata de um inquérito policial complexo, envolvendo crime de homicídio qualificado e outros conexos". Somente após a conclusão do inquérito, a Justiça vai decidir se Sales deve ou não ficar preso.

Para a defesa, Sales contribuiu com as investigações da polícia. Ele é réu primário, possui residência fixa e bons antecedentes. Sales também se comprometeu a comparecer quando for intimado. Porém, a juíza entende que a liberdade provisória poderia prejudicar a coleta de provas. Ela também alega que "o auxílio prestado por Sérgio ainda é necessário".

Em depoimento, Sales disse aos delegados que viu Eliza machucada no sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG). Ele também afirmou que a jovem está morta. O relato dele é considerado, pela polícia, uma peça-chave nas investigações.

Sales chegou a acompanhar policiais e peritos nas buscas no sítio. Ele teria indicado os lugares por onde Eliza passou.

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