Os policiais militares Moisés Alves Santos, Joaquim Aleixo Neto, Rodolfo da Silva Vieira e Anderson dos Santos Salles, acusados de sequestrar e decapitar um deficiente mental, foram absolvidos nesta sexta-feira (6) após julgamento no fórum de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Eles também são acusados de integrar um grupo de extermínio conhecido como “Os Highlanders”.

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Os quatro são réus foram acusados pelo sequestro e morte, em 2008, de Antônio Carlos Silva Alves, conhecido como Carlinhos.

Os PMs tinham sido condenados, em julho de 2010, a 18 anos e oito meses de prisão pelo crime. Eles sempre negaram o crime.

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Em outubro de 2011, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou o júri que condenou os PMs ao atender um pedido do advogado Celso Machado Vendramini, defensor dos réus.

Vendramini alegou que, durante a fase de debates do júri, o promotor Vitor Petri descumpriu uma ordem do juiz Hristov e exibiu uma camiseta com a foto de Alves e dizeres contra a polícia. O argumento é que a imagem poderia influenciar os jurados.

Em dezembro de 2010, os quatro réus foram demitidos da Polícia Militar.

Highlanders

Conhecido como Carlinhos, o deficiente mental Alves, segundo a Promotoria e a Polícia Civil, foi sequestrado pelos quatro então PMs em 8 de outubro de 2008, no Jardim Capela (zona sul de São Paulo). O corpo da vítima, decapitado e sem as mãos, foi achado no dia seguinte, numa área de despejo de cadáveres em Itapecerica da Serra.

A hipótese da Polícia Civil e da Promotoria é que, numa abordagem dos PMs, Carlinhos não tenha conseguido falar direito. Sem saber da deficiência, os policiais teriam interpretado como gozação e decidido matá-lo.

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Os policiais são acusados de integrar, ao lado de outros cinco PMs, o grupo de extermínio “Os Highlanders”, assim chamado porque cinco das 12 mortes atribuídas a eles teve decapitação.