Cerca de 200 policiais participam da força-tarefa para prender os autores da maior chacina da história recente do estado| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

A polícia divulgou a imagem de dois suspeitos de terem participado da chacina

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A Justiça Estadual decretou a prisão provisória de mais um suspeito de participar da chacina, que deixou 15 mortos na tarde de segunda-feira (22), em Guaíra, no Oeste do estado. A polícia também divulgou a imagem de dois dos três suspeitos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-PR), Jair Correia, seu filho Gleison Correia, e Ademar Fernando Luizforam identificados como participantes do crime e a polícia trabalha para prendê-los.

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A suspeita é que os três tenham fugido para o Paraguai. Ao todo, cerca de 200 policiais do Brasil estão na operação, além da Polícia Nacional e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. "Se eles estiverem realmente no Paraguai, acredito que nas próximas horas eles serão presos", disse o secretário da Segurança Pública do Estado, Luiz Fernando Delazari.

Os Institutos Médicos-Legais (IMLs) de Umuarama e Toledo (Oeste) identificaram 14 dos mortos. A única vítima não identificada era conhecida apenas como Febrônio. "Os mortos ou tinham envolvimento ou tinham conhecimento do problema da droga na localidade", disse Delazari. Para o secretário, apesar de o tráfico de drogas ser constante na região de fronteira, o que aconteceu foi um "fato isolado".

"Até segunda-feira tinham ocorrido apenas 13 homicídios em Guaíra", afirmou. "Foi um absurdo, fruto da situação absurda criada naquele momento de ingestão de bebida alcoólica, pessoas totalmente transtornadas, que cometeram uma barbaridade." A polícia informou que os acusados já estiveram presos anteriormente por tráfico de drogas. Dos oito feridos, apenas dois continuam internados, ambos em estado grave.

O crime

A chacina foi motivada por uma dívida de R$ 4 mil entre narcotraficantes. Das 15 pessoas mortas, duas eram mulheres – uma delas, menor de idade. Segundo a Sesp, algumas vítimas teriam envolvimento com uma quadrilha comandada por Jocemar Marques Soares, mais conhecido como "Polaco", que já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. Oito pessoas ficaram feridas – algumas delas se fingiram de mortas para escapar da execução. Uma mulher e duas crianças escaparam sem ferimentos.

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