A Justiça aceitou nesta segunda-feira (15) a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva do músico Evandro Gomes Correia Filho, acusado de matar a ex-mulher no dia 18 de novembro em Guarulhos, na Grande São Paulo.

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Andréia Cristina Nóbrega Bezerra, de 31 anos, morreu ao cair da janela do 3º andar do prédio onde morava em Guarulhos. O filho do casal, de 6 anos, também caiu, mas sobreviveu. O cantor está foragido desde que a Justiça decretou a sua prisão temporária, a pedido da polícia.

O G1 tentou contato com o advogado do músico, mas não havia obtido retorno até as 19h20. Ele havia dito na segunda-feira (15) que não existia razão para o pedido de prisão preventiva e falou também que o acusado deve se entregar à Justiça na semana que vem.

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O juiz Leandro Jorge Bittencourt Kano, da Vara do Júri de Guarulhos, entendeu que há motivos para a decretação da prisão preventiva. "Pelos documentos, informações e depoimentos constantes do inquérito policial, estão presentes os pressupostos ensejadores da prisão preventiva", diz na decisão. "A periculosidade do réu, evidenciada pelas circunstâncias em que os crimes foram cometidos, basta, por si só, para embasar a custódia cautelar", afirma.

Denúncia do MP

O Ministério Público encaminhou nesta segunda-feira (15) à Justiça a denúncia contra o músico. A denúncia do promotor Marcelo Alexandre de Oliveira descreve cada detalhe do que aconteceu no dia 18 de novembro, quando mãe e filho caíram do 3º andar de um prédio em Guarulhos. O MP quer uma pena de 30 anos de prisão.

Segundo o promotor, o músico agrediu fisicamente a ex-mulher e anunciou que mataria os dois. Desesperada, Andréia pegou o filho e pulou da janela. O músico foi denunciado por tentativa de homicídio do filho e homicídio qualificado no caso de Andréia.

"Se ela não tivesse se atirado, ele teria matado os dois com a faca. Quem produz um resultado morte querendo produzir essa morte responde por homicídio", disse o promotor.

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Depoimento fundamental

Para o Ministério Público, o depoimento do menino foi fundamental para a conclusão da denúncia. Ele contou detalhes do que aconteceu no apartamento naquele dia e não deixou dúvidas de que o pai foi o responsável pelo crime.

O escrivão que digitou o depoimento quando o menino ainda estava no hospital preservou as palavras da criança de 6 anos. O garoto disse, segundo o escrivão: "Meu pai bateu na minha mãe na sala, quando eu estava tomando banho. Meu pai me mandou sair do banho. Eu tinha chegado da escolinha. Meu pai estava com uma faca na mãe e cortou a mangueira do gás. Aí, minha mãe me pegou no colo e pulou. Ela caiu primeiro. Depois, eu cai".