A Justiça do Rio decretou nesta quarta-feira (30) a prisão preventiva dos cinco policiais militares que foram flagrados em um vídeo forjando um tiroteio no morro da Providência, no centro do Rio, na manhã de terça (29).

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Eles são acusados de alterar a cena do crime, colocando uma arma na mão de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, que fora baleado.

Para a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de janeiro, há provas suficientes para justificar a prisão preventiva.

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“Considerando o teor das filmagens veiculadas pela mídia, aliado à documentação acostada, tenho que resta claramente demonstrada a conexão probatória existente entre o crime de homicídio decorrente de intervenção policial e o crime de fraude processual. Desta forma, entendo necessária a decretação da prisão preventiva”, diz, num trecho da decisão.

Policial admite ter feito disparo contra jovem

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Em outro trecho, a magistrada diz que é “inadmissível que agentes da lei, encarregados da manutenção da ordem pública e da regular persecução penal, procedam à alteração de cenário criminoso, visando ludibriar perito ou magistrado e garantir a sua impunidade pela prática de crime anteriormente praticado, de homicídio”.

O caso será julgado por uma das varas do Tribunal do Júri da capital.

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Farsa

No vídeo, divulgado em redes sociais, é possível ver os policiais ao redor do corpo imóvel e ensanguentado de Victor no chão. Um policial faz um disparo para o alto. Momentos depois, outro coloca uma pistola junto à mão de Victor e faz dois disparos.

A intenção dos policiais, segundo os investigadores, é fraudar o exame residuográfico que iria constatar a presença de pólvora nas mãos de Victor. Um volume de pólvora maior é encontrado nas mãos de quem faz o disparo.

“Está claro que existiu uma fraude processual. Diante dessa situação, vamos analisar a possibilidade de execução e não mais homicídio decorrente de intervenção policial”, afirmou o delegado Rivaldo Barbosa, da Delegacia de Homicídios.

Em um primeiro depoimento, antes do vídeo ser veiculado, os policiais afirmaram que Victor morreu durante um tiroteio com a polícia. Ainda segundo relato dos agentes, com Victor teria sido apreendida uma pistola, um rádio transmissor e munições.