O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) estipulou nesta quarta-feira (20) um contingente mínimo de funcionários que deverão permanecer em operação em caso de greve do metrô na capital paulista. A categoria decidiu parar a partir da 0h da próxima quarta (27) caso não haja nova proposta salarial.
Segundo o do desembargador Mauro Vignotto, 100% do efetivo deverá manter as operações das 6h às 9h e das 16h às 19h e 70% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Além dos metroviários, funcionários da CPTM também decidiram em assembleia realizada na noite passada parar as operações na dia 27. Até lá, no entanto, as duas categorias esperam negociar com o governo do Estado e farão uma nova assembleia na noite desta terça-feira (26) para confirmar a paralisação.
Os funcionários do metrô reivindicam 9,49% de reajuste salarial acima da inflação, além de uma reposição de 8,24%. Segundo o sindicato, o metrô ofereceu 7,21% de aumento à categoria.
Entre as reivindicações, os metroviários também pedem que os 38 funcionários demitidos durante uma greve no ano passado sejam readmitidos pela empresa. O último reajuste salarial dos metroviários, de 8,7%, ocorreu no mês de junho do ano passado.
Já os ferroviários reivindicam reajuste da inflação (7,89%) e mais 10% de aumento real. A CPTM, no entanto, oferece apenas o reajuste de 6,65%. A categoria reivindica também pagamento de R$ 5.000 de PPR (Programa de Participação nos Resultados), aumento do vale-alimentação de R$ 247 para R$ 400 e auxílio materno-infantil de R$ 500.
O último reajuste da categoria, que tem data-base em março, aconteceu em maio do ano passado e foi de 7,5%. Na ocasião, o acordo com os funcionário foi fechado no dia anterior ao marcado para iniciar a greve da categoria.