O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou, nesta quinta-feira (17), a prisão do policial militar Omar Assaf Júnior, acusado de ter matado o estudante de Direito, Thiago Klemtz de Abreu Pessoa, 19 anos, em agosto de 2009. Com a prisão cautelar de pronúncia, o policial deve ficar aprisionado até o julgamento. Assaf Júnior estava em liberdade desde o dia 4 de dezembro do ano passado, beneficiado por um habeas corpus concedido pelo próprio o TJ-PR.
Em sessão realizada nesta quinta-feira, a decisão coube ao desembargador Macedo Pacheco. O advogado da vítima, Elias Mattar Assad, que figura como assistente de acusação, havia recorrido do habeas corpus em dezembro do ano passado. Ele comemorou a decisão da Justiça. "A família estava angustiada e apreensiva, porque teve o filho executado da maneira que o crime ocorreu", disse.
Os pais de Klemtz também se manifestaram sobre a decisão, por meio de uma nota encaminhada à imprensa. "Estamos lutando e continuaremos a lutar até o fim para que o frio executor do nosso filho volte para a cadeia e cumpra a pena correspondente ao crime praticado", diz o comunicado.
Segundo Assad, o processo está embasado por depoimentos de testemunhas registrados em vídeo e imagens de câmeras de segurança que filmaram momentos do crime. Constam nos autos, ainda, uma reconstituição virtual dos fatos, realizada por peritos a pedido da família.
"Apesar do tempo decorrido e do apelo dos pais da vítima para que o acusado fosse afastado da Polícia Militar (PM), o processo interno da corporação que deliberará pela permanência ou exclusão do mesmo dos quadros da PM ainda não foi concluído. Como resultado o mesmo ainda está nas fileiras da Polícia Militar", aponta nota encaminhada pela assistência de acusação. A Gazeta do Povo tentou ouvir a assessoria de imprensa da PM, mas, até as 19h10, as ligações não foram atendidas.
O crime
Thiago Klemtz de Abreu Pessoa foi morto na madrugada de 16 de agosto de 2009, na saída de uma festa ocorrida na Sociedade Harmonia, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Ele foi atingido por dois tiros no tórax e um na cabeça, cerca de uma quadra do clube.
À época, testemunhas disseram à polícia que a vítima e um grupo de amigos foram expulsos da festa depois de uma confusão. O grupo teria agredido um dos seguranças da casa noturna e, após terem sido expulsos, teriam começado a atirar pedras no telhado do clube.
O policial Omar Assaf Júnior foi preso em flagrante. Segundo a polícia, o crime foi cometido com uma pistola ponto 40, a arma da corporação. Em 26 de agosto de 2009, ele foi preso e indiciado por homicídio triplamente qualificado (por não haver chance de defesa, motivo fútil e por ser policial).
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