Uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) divulgada nesta sexta-feira (6) obriga pelo menos metade dos servidores de Araucária a trabalharem durante a greve. Caso os sindicatos descumpram a determinação, estão sujeitos a uma multa diária no valor de R$ 25 mil. Na ação, o desembargador Nilson Mizuta enfatizou que os funcionários têm o direito de paralisar suas atividades, mas que a interrupção de serviços como saúde, educação e segurança prejudica os demais cidadãos.
A greve em Araucária começou na última quarta-feira (4) e, segundo o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar), dos 5 mil servidores públicos do município, a estimativa é que 3 mil tenham cruzado os braços. De acordo com o Sindicato dos Funcionários Públicos de Araucária (Sifar), 70 categorias paralisaram suas atividades.
Nenhuma das 42 escolas da cidade teve aula desde quarta-feira. Os 32 Centros Municipais de Educação Infantil também não funcionaram. As três unidades de pronto atendimento e as 22 unidades de saúde atenderam com apenas 30% do efetivo normal, implicando no cancelamento de atendimentos não urgentes.
A prefeitura alega que falta dinheiro para atender às negociações exigidas pelas categorias. O comunicado diz que a arrecadação de Araucária caiu em mais de R$ 50 milhões desde o início do ano, ao mesmo tempo em que o índice da folha de pagamento dos servidores ultrapassou o limite de 51,3% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.