A denúncia contra Cleverson Schmitt, acusado de ser o assassino do escritor Wilson Bueno, deve ser apresentada pela Justiça, nesta sexta-feira (18). O inquérito foi concluído pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) no dia 11, quando também foi realizada a reconstituição do crime.

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Segundo o delegado da DFR, Silvan Rodney Pereira, o inquérito elaborado com base nas investigações apontou que Bueno foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). Isso porque o acusado teria levado objetos do escritor depois de tê-lo matado. Segundo a polícia, posteriormente, os produtos foram vendidos por Schimitt. A pena para latrocínio pode chegar a 20 anos.

Os advogados do acusado contestam a tese de latrocínio. Segundo Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida, que compõe a defesa, Schimitt levou os objetos – dois celulares e uma câmera fotográfica – com o objetivo de não ser localizado, em função de informações que estariam armazenadas nos equipamentos. "Se a Justiça apresentar denúncia por latrocínio, nossa estratégia será desqualificar esta denúncia, argumentando que houve homicídio", disse o advogado. A pena para este crime é de até 12 anos.

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O caso

Bueno foi morto na noite de 30 de maio, dentro de sua própria casa, no bairro Boa Vista, em Curitiba. Segundo as investigações, o escritor teria se desentendido com Schimitt dentro da residência. O rapaz teria ido à cozinha e preparado um café, servindo a bebida a Bueno. Posteriormente, Schimitt teria matado a vítima com um golpe de faca no pescoço.

A discussão teria sido motivada por um cheque no valor de R$ 130 que Bueno teria repassado a Schimitt, como pagamento de um programa sexual e como adiantamento por um serviço de demolição. O acusado argumenta que o escritor teria sustado o pagamento. Entretanto, familiares de Bueno garantem que possuem cópias do recibo, que confirmariam que o cheque foi pago a Schimitt.