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Assassinato

Garoto de programa diz ter matado escritor Wilson Bueno por não pagamento

Cleverson Schimitt é acusado pelo crime contra o escritor | Daniel Castellano / Agência de notícias Gazeta do Povo
Cleverson Schimitt é acusado pelo crime contra o escritor (Foto: Daniel Castellano / Agência de notícias Gazeta do Povo)

Foi preso na noite de quarta-feira, em Fazenda Rio Grande, o assassino do escritor e jornalista Wilson Bueno, 61 anos, morto em casa na última segunda-feira (31). Cleverson Petrecelli Schimitt, 19 anos, está sob custódia na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) e segundo as investigações, confessou o crime.

Segundo o delegado Silvan Rodney Pereira, responsável pelo caso, um cheque nominal de R$ 130 teria sido o motivo do crime. O acusado contou que o escritor teria sustado um cheque, recebido por ele para pagar um programa, que ocorreu na noite do dia 29 de maio, e um serviço de demolição.

Cleverson teria ido até a casa de Bueno para tomar satisfações. Os dois começaram a discutir e, segundo o acusado, o escritor teria tentado agredi-lo. Cleverson então, se dirigiu à cozinha, pegou uma faca e atacou Bueno, que morreu vítima de uma perfuração no pescoço.

Na terça-feira (1º), o delegado disse que era possível afirmar com certeza que o assassino estava dentro da residência com o consentimento do escritor. Ele disse ainda que parentes relataram a falta de dois aparelhos celulares e uma máquina fotográfica da casa. Estes objetos poderiam indicar a autoria do crime e, por isso, foram retirados do local pelo criminoso. Além disso, um computador e um fax foram movidos dos lugares onde costumavam ficar. O local estava bastante revirado. No escritório foram encontrados um chinelo, e uma marca de planta de pé em uma das poças de sangue.

O laudo do Instituto de Criminalística (IC) apontou que Bueno morreu depois de sofrer uma hemorragia, ocasionada pelo golpe. O corpo foi encontrado na segunda-feira, em estado de rigidez, o que indica que ele estava morto há mais de 12 horas.

Bueno foi autor de 13 títulos publicados no Brasil, México e Argentina. Ele também foi o criador do jornal cultural Nicolau, e havia encaminhado o seu 14.º livro, chamado "Mano, A Noite Está Velha", a editora. A obra é uma homenagem a um irmão que já morreu.

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