A Justiça Federal decidiu fazer uma inspeção numa área anexa à aldeia Maracanã, na região do estádio do Maracanã, no Rio, no começo da tarde de hoje.
O objetivo é detectar possibilidade de permanência de um grupo de índios e manifestantes que invadiram durante a madrugada o Museu do Índio, em Botafogo, zona sul da cidade.
A área é próxima à aldeia da onde os índios foram retirados nesta sexta-feira após cumprimento de uma reintegração de posse concedida pela Justiça. No local, o governo do Estado do Rio decidiu construir um museu do esporte.
Segundo o governo estadual, 22 índios moravam na aldeia. Doze deles foram levados para uma área em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O restante, segundo o governo, saiu por conta própria e seguiram para casa de familiares. Antes da mudança, os índios foram mantidos em um hotel popular no centro da cidade.
Apesar disso, o novo grupo de índios reivindica, junto de manifestantes e pessoas ligadas ao movimento indígena brasileiro, a nova área. Eles não querem seguir para Jacarepaguá porque acreditam que o local não seja adequado para receber os frequentadores.
A decisão da vistoria foi do juiz federal de plantão Wilson Witzel. Numa audiência de conciliação com representantes do Ministério Público Federal e da Funai, ele tomou a decisão de atender a reivindicação dos manifestantes. A medida, porém, poderá ser revogada após análise do juiz titular do caso.
A Justiça Federal foi acionada para remover os manifestantes do museu. A retirada foi feita por homens da Polícia Federal. De lá, eles seguiram para a sede da instituição, na região portuária da cidade. Neste momento, ocorre a vistoria no local. A imprensa está impedida de acompanhar.
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