O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve, na quinta-feira (23), a decisão de levar Eduardo Vitor Garzuze a júri popular. Em 2013, ele dirigia um Ford Ka que, no bairro Rebouças, em Curitiba, furou um sinal vermelho e atingiu um Corsa, matando três pessoas de uma mesma família e ferindo outra gravemente. Segundo os autos, o condutor estava alcoolizado e fugia de outro acidente, no qual havia se envolvido anteriormente. A decisão ocorreu no mesmo dia em que a Justiça marcou a data do júri popular do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho.
“É uma decisão histórica, que demonstra que a lei serve para todos. Não existe distinção. São dois casos emblemáticos, extremamente parecidos, e que se espera uma punição severa”, disse o advogado Brunno Pereira, que figura como assistente de acusação.
Em março, a juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Michele Pacheco Cintra, já havia determinado que Garzuze fosse submetido a júri popular. A defesa do rapaz recorreu da decisão. Entretanto, um colegiado do TJ-PR acabou definindo, por unanimidade, pela manutenção da decisão. Com isso, os autos voltam à 1ª Vara, que já pode marcar a data do julgamento. “Como todas as testemunhas são da comarca, a expectativa é de que o júri saia já no primeiro trimestre de 2016”, avaliou Pereira.
Acidente
O acidente ocorreu no dia em que Anelize Empinotti se formava em Direito. Os familiares dela voltavam da festa de formatura, quando o carro em que estavam foi atingido pelo Ka dirigido por Garzuze. Morreram a mãe de Anelize, Lorena de Araújo Camargo, de 47 anos; a irmã, Gabriele Empinotti, de 23 anos; e o filho, Igor Empinotti de Oliveira, de apenas 9 anos. Outro ocupante do carro, Jackson Adriano Ferreira, de 31 anos – que era noive de Gabriele –, ficou gravemente ferido e, ainda hoje, precisa fazer fisioterapia regularmente.
Segundo o advogado da família, a tragédia destruiu a vida de Anelize. Natural de União da Vitória, a mãe dela havia se mudado a Curitiba para que as filhas pudessem se formar. A irmã de Anelize também era advogada e as duas sonhavam em montar um escritório juntas. “Ela teve a família destruída num piscar de olhos, no dia da sua formatura”, resumiu Pereira.
O réu responde pelo crime em liberdade, desde que a Justiça relaxou sua prisão. A Gazeta do Povo tenta contato com a defesa de Eduardo Garzuze. Em outubro de 2014, o advogado de Garzuze, Ricardo Ivankio, afirmou que “as provas estão mostrando que a moça foi quem furou o sinal.”
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