A falta de um intérprete nomeado pela Justiça pode anular o primeiro depoimento de Alexandre Pontes, rapaz surdo-mudo preso em Londrina, no Norte do Paraná, em fevereiro deste ano. Ele teria sido confundido com um ladrão. A audiência no cartório da 2ª Vara Criminal, realizada na tarde de segunda-feira (15), durou meia hora e foi a primeira, oito meses depois do incidente que deixou o rapaz de 20 anos por 13 dias na cadeia. Uma nova sessão pode ser remarcada somente para o ano que vem.
Pontes foi acusado de tentar assaltar uma loja. Um gesto dele com as mãos para saber o preço de um produto teria sido confundido com o de um ladrão pedindo dinheiro. Hoje, o rapaz está em liberdade provisória. Ele não pode sair à noite e nem deixar a cidade. Pontes está aguardando o fim do processo para poder se mudar para Curitiba.
Segundo reportagem do Bom Dia Paraná desta terça-feira (16), a promotora pediu a anulação por não concordar com o fato de a intérprete que auxiliou no depoimento ser amiga da família de Pontes. "Fica aí uma dúvida se essa interpretação está sendo feita de maneira devida ou não", afirmou a promotora Silmara Nogari.
Para o advogado Reginaldo Monticelli, que defende o réu, a questão já poderia ter sido vista antes pelo Ministério Público e o Poder Judiciário. "Deveriam ter nomeado um intérprete e hoje já estar solucionada a questão", reclama.
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