Exames feitos no Lacen: laboratório paranaense, que já tinha o equipamento necessário, investiu R$ 360 mil em insumos para fazer os novos testes| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O Laboratório Central do Estado (Lacen) precisará de 10 a 15 dias para dar vazão à demanda atual de 1.250 exames de gripe A (H1N1) de todo o Paraná. Só depois disso passará a fornecer resultados em dois dias, com prioridade para os casos mais graves. A previsão é do diretor do Lacen, Marcelo Pilonetto, que anunciou ontem que 450 exames ficam prontos até amanhã. Para dar conta da demanda, técnicos do Lacen estão trabalhando em três turnos.

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Na última segunda-feira, o Lacen passou a ser o quarto laboratório autorizado a fazer exames para o vírus H1N1 no país. Hoje a capacidade do Lacen é de 120 exames por dia. Porém, a previsão é de que chegue a 150 testes diários.

A partir da autorização do Ministério da Saúde, do dia 15 até o último domingo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) só enviou para análise da Fundação Os­­waldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, coletas de casos mais graves. O restante já foi encaminhado ao Lacen. "Ainda temos 300 exames do Paraná na Fiocruz. Estamos averiguando se é mais rápido trazermos esses casos para o Lacen ou deixarmos lá mesmo", explica Pilonetto.

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O Lacen investiu R$ 360 mil em insumos importados dos Estados Unidos para a realização de 4,5 mil análises. O laboratório já tinha o equipamento para a realização do exame. São dois termocicladores – como é chamado o maquinário. "Quando chegarmos aos 3,5 mil exames, vamos analisar a quantidade de insumos que precisaremos adquirir novamente, bem como a necessidade de comprarmos mais um maquinário", informa o diretor do Lacen. Segundo Pilonetto, o preço médio de um termociclador varia entre R$ 100 mil e R$ 120 mil.

Conforme explica Pilonetto, para obter o resultado o material coletado é exposto a reagentes no termociclador. Se o material genético do vírus reagir em três locais específicos, o exame é positivo. Se reagir em apenas dois, o vírus é da gripe sazonal.

Preparação

Pilonetto explica que desde os primeiros casos da gripe A no país o Lacen já vem acompanhando o protocolo do Ministério da Saúde e estudando por conta própria o comportamento do vírus. Tanto que todas as amostras coletadas no Paraná, um total de 1.956 desde abril, foram enviadas ao laboratório em paralelo à Fiocruz. Além disso, duas técnicas do Lacen – uma doutoranda e uma mestranda em Biologia Molecular – foram enviadas à Fiocruz na semana passada para dois dias de treinamento. "Na verdade elas foram conhecer na prática o protocolo que já vinham estudando e se informar sobre como adaptar a produção dos exames à realidade daqui", aponta o diretor do Lacen.

No total, 20 técnicos do Lacen participam da produção do exame de gripe A. Quatro estão trabalhando exclusivamente com o vírus H1N1.

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