O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba divulgado nesta segunda-feira (29) revelou que o bebê encontrado morto em Campo Largo, na região metropolitana da capital, sofreu traumatismo abdominal, além de seguidas agressões, que teriam motivado o óbito. O menino, de um ano e nove meses, morreu no último dia 12 de agosto e o corpo foi encontrado dentro da casa onde morava.
De acordo com o superintendente da Delegacia de Campo Largo, Juscelino Baier, a constatação do IML mostra que a versão da mãe da criança não se confirma. Segundo o superintendente, a dona-de-casa de 25 anos admitiu que agredia a criança, mas que na ocasião o bebê engasgou com comida e, por isso, teria morrido. "A mãe tentou se inocentar, mas o laudo prova que a criança apanhou bastante, momentos antes da morte".
Baier disse que agora o caso está com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que deve decidir se oferece ou não denúncia sobre o caso. Ainda segundo o superintendente, a mãe vai responder criminalmente pela morte da criança. O pai, que já havia dito não agredir o bebê e saber das agressões que a esposa cometia, pode responder por não ter denunciado a violência contra a criança.
O caso
O bebê foi encontrado morto em casa no dia 12 de agosto com sinais de agressões no rosto, mordidas na cintura e ferimentos semelhantes a queimaduras de cigarro. Os pais foram presos no dia 16, uma terça-feira. Em depoimento, a mãe do menino confessou que batia na criança e disse que cometia as agressões porque o bebê chorava muito.
O pai, que é motoboy e tem 22 anos, disse em depoimento que nunca bateu no menino, mas que sabia das agressões. Ele defendeu a esposa e alegou que ela sofre de transtornos psiquiátricos. O caso foi denunciado pelo avô paterno da criança.
Além do bebê morto no dia 12, o casal tem uma filha de 3 anos, que também já sofreu agressões. A menina está com os avós paternos.
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