Arrastada
Uma mulher de 65 anos ficou presa na porta de um ônibus e foi arrastada em 30 de janeiro, no Centro de Curitiba. Amélia Terezinha Belinásio sofreu ferimentos no braço e foi encaminhada para o Hospital Cajuru.
A idosa ficou com o braço preso na porta, que fechou antes que ela terminasse de descer. Era por volta das 8 horas e Amélia pretendia descer no ponto localizado a esquina das ruas Desembargador Motta e Fernando Moreira.
A idosa acabou sendo arrastada por alguns metros. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Cajuru, ela sofreu escoriações no braço ao ser arrastada no chão. A idosa passou por exames e os médicos não encontraram fraturas.
O laudo do Instituto de Criminalística descartou falhas no sistema de segurança da porta do ligeirinho da linha Araucária/Curitiba, que teria aberto e provocado a queda de uma passageira em 28 de janeiro. A auxiliar de serviços gerais Cleonice Ferreira Gouveia, de 29 anos, morreu atropelada após cair do veículo em movimento na Cidade Industrial de Curitiba. O documento foi encaminhado nesta sexta-feira (13) à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). O delegado-titular da Dedetran, Armando Braga de Moraes Neto, ainda aguarda os laudos do local e o da necropsia para concluir a investigação.
O delegado disse que os peritos constataram que a única maneira de a porta ter aberto seria acionando a válvula de emergência que fica em um painel, em cima da própria porta. A principal testemunha do acidente, um homem que tentou segurar Cleonice antes que ela caísse, contou ao delegado que o painel estava fechado e ninguém mexeu no dispositivo.
Ainda de acordo com Moraes Neto, a hipótese de a porta ter sido aberta pelo motorista também está descartada, porque o botão não poderia ser acionado involuntariamente. Além disse, o ônibus tem dispositivo que impede que a porta abra com o veículo em movimento. "E esse sistema, segundo o laudo, estava funcionando corretamente", afirmou o delegado.
Na época do acidente, a Urbanização de Curitiba (URBS), que administra o sistema de transporte na região metropolitana, usou o mesmo argumento, alegando que os ligeirinhos não se movimentam com as portas abertas. Na semana passada, porém, um ônibus da mesma linha onde ocorreu o acidente foi flagrado em movimento com a porta aberta.
"Até o momento, ainda não é possível chegar a uma conclusão do que possa ter acontecido", disse o delegado. Todos os documentos serão anexados ao inquérito que deverá ser entregue a Justiça.
Um laudo feito pela URBS também não encontrou problemas mecânicos no sistema de abertura das portas do ônibus. O documento foi encaminhado para o Ministério Público. A empresa disse que ainda não é possível afirmar como ocorreu o acidente.
O acidente
A auxiliar de serviços gerais Cleonice Ferreira Gouveia, de 29 anos, morreu atropelada após cair de um ônibus superlotado na Vila Verde, no bairro da Cidade Industrial de Curitiba, próximo à divisa com Araucária. O veículo estava em movimento e a porta abriu. Cleonice havia entrado no ônibus no Terminal da Vila Angélica, em Araucária, ia em direção a Curitiba.
Uma testemunha, que estava no mesmo coletivo e viu o momento em que a mulher caiu, contou que havia muita gente no ônibus e Cleonice foi empurrada contra a porta. A porta então teria cedido e ela caiu. Outro passageiro tentou segurá-la pela camisa, mas a roupa acabou rasgando.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu inquérito civil, no dia 29 de janeiro, para investigar o acidente. A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba pretende apurar se houve falha no sistema de segurança do veículo e se a situação que pode se repetir. O MP solicitou informações da URBS e da empresa Araucária Transporte Coletivo LTDA.
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