O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu inquérito civil, nesta quinta-feira (29), para investigar o acidente que matou uma passageira de ônibus em Curitiba. A auxiliar de serviços gerais Cleonice Ferreira Gouveia, de 29 anos, morreu atropelada após cair de um ônibus superlotado na manhã de quarta-feira (28). O veículo estava em movimento e a porta abriu.
A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba pretende apurar se houve falha no sistema de segurança do veículo e se a situação que pode se repetir. O MP solicitou informações da Urbanização de Curitiba (URBS), que administra o sistema de transporte integrado da região metropolitana, e da empresa Araucária Transporte Coletivo LTDA.
As empresas têm prazo de dez dias para responderem os questionamentos do MP. O inquérito é assinado pelos Promotores de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador e Cristina Corso Ruaro.
Sepultamento
O corpo de Cleonice será sepultado no fim da tarde desta quinta-feira, em Araucária, onde a vítima do acidente morava. O velório acontece no bairro Shangai, de onde o cortejo sairá, por volta das 17 horas, em direção ao Cemitério Municipal Jardim Independência.
A morte de Cleonice ocorreu de forma trágica, por volta das 7h10 de quarta-feira. Ela havia entrado no ligeirinho no Terminal Vila Angélica, em Araucária, e ia em direção à capital, quando a porta do veículo se abriu. Como o ônibus estava lotado, a passageira estava muito próxima à porta, e acabou se desequilibrando. Outro passageiro ainda teria tentado segurá-la pela camisa, mas a roupa rasgou, e ela caiu para fora do coletivo.
A vítima acabou atropelada pelas rodas de trás do próprio veículo em que estava, morrendo no local. O acidente ocorreu na Vila Verde, no bairro da Cidade Industrial de Curitiba, próximo à divisa com Araucária. Casada, Cleonice deixou duas filhas, uma de 13 e outra de 9 anos.
Perícia
Em nota, a Urbanização de Curitiba (Urbs) manifestou "profundo pesar pelo acidente ocorrido" e informou que determinou uma perícia completa para se apurar as causas do acidente, cujo laudo definitivo deve ficar pronto num prazo de 15 dias. "Numa análise preliminar, os técnicos da Urbs constataram a possibilidade de ter havido alguma falha mecânica grave neste dispositivo de segurança", diz o texto.
A Empresa Araucária se manifestou sobre o acidente por meio de nota oficial. O texto informa que a empresa "está profundamente consternada com o acidente ocorrido". A Araucária informa que está prestando todo o atendimento necessário aos familiares da vítima e que abriu um procedimento investigatório próprio para analisar as causas do acidente.
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