Os tiros que mataram nove pessoas em cinco ataques ocorridos entre agosto de 2010 e janeiro deste ano no bairro Boqueirão, em Curitiba, não partiram da arma do ex-comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel reformado Jorge Luiz Thais Martins. O exame de balística foi feito na arma funcional do coronel, uma pistola calibre 40. O delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos, da Delegacia de Homicídios (DH), pediu mais prazo para encerrar os inquéritos.
O Instituto de Criminalística (IC) também realizou pericias nos cinco locais (veja o mapa abaixo) onde os crimes foram praticados. Segundo o delegado, em dois locais foi usada a mesma pistola, que apesar de não ser a do coronel tinha o mesmo calibre. Uma pistola também calibre 40 foi usada no terceiro ataque, mas a arma é diferente na usada nos assassinatos anteriores. Para os outros dois locais, os laudos foram inconclusivos.
Antes da finalização dos laudos, o delegado já havia pedido mais prazo para a conclusão dos inquéritos. "Ainda aguardamos a resposta sobre a ampliação do prazo, mas acredito que em breve o trabalho estará concluído", disse o delegado.
Investigações
A DH já ouviu pelo menos 30 pessoas na investigação. Entre as testemunhas, estão policiais militares que atenderam locais de crimes atribuídos ao coronel e pessoas apontadas pelos advogados para sustentar álibis alegados pelo suspeito. Além do depoimento de pessoas que sobreviveram aos ataques dos quais Martins é apontado como autor, moradores da região onde os crimes ocorreram também declararam ter visto o coronel rondando o local, em circunstâncias diversas.
No dia 1º de fevereiro, nove pessoas entre testemunhas e sobreviventes participaram de uma sessão de reconhecimento pessoal, onde deviam apontar o coronel em meio a outras pessoas. A DH não divulgou o resultado do procedimento, mas confirmou que houve reconhecimento.
O caso
O coronel Martins é considerado suspeito de ter cometido cinco ataques, em que nove pessoas morreram e cinco foram baleadas, totalizando 14 vítimas. Os crimes ocorreram entre o dia 8 de agosto de 2010 a 14 de janeiro deste ano. Todos os atentados foram cometidos no bairro Boqueirão, próximo ao local onde o filho de Martins foi assassinado, em outubro de 2009.
Os ataques começaram depois que dois usuários de drogas, suspeitos de ter matado o filho do coronel, foram postos em liberdade. Segundo a polícia, nenhuma vítima dos ataques tem qualquer relação com a morte do rapaz.
O ex-comandante dos Bombeiros foi preso no dia 28 de janeiro. e posto em liberdade, no fim da no dia 16 de fevereiro, depois que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) deferiu um habeas corpus.
Veja o mapa com a localização de cada crime
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