Laudo preliminar divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia (GO) comprova que as seis vítimas do pedreiro Adimar Jesus da Silva foram executadas com extrema violência. Todos tiveram traumatismo craniano profundo "produzido por objetos contundentes". A constatação coincide com a confissão do maníaco, que revelou à Polícia e à imprensa ter matado os rapazes a pauladas e golpes de enxadão e de martelo.

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Alguns tiveram a cabeça totalmente esmagada, o que dificulta ainda mais qualquer tipo de identificação que não seja por teste de DNA. A Polícia apreendeu na casa do pedreiro e encaminhou para a perícia uma marreta, um martelo e um enxadão para verificação se foram utilizados no crime.

Após a fase inicial, a Polícia Civil de Goiás vai devassar todo o passado do pedreiro, seu histórico familiar, ciclo de amizades além de reconstituído cada passo que ele deu nas duas primeiras progressões (semiaberto e liberdade condicional), quando lhe foi permitido visitar parentes e usufruir das saídas temporárias.

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Pelo caráter frio e dissimulado do pedreiro, a polícia desconfia que ele cometeu outros crimes nesses períodos e até mesmo no passado. Como sua imagem agora é amplamente conhecida no País, a expectativa é que eventuais vítimas de abusos ou tentativas apareçam.

Exames

O laudo cadavérico completo só será concluído dentro de 30 dias. Em Brasília, a Polícia Federal começou a fazer os exames de DNA nas amostras de tecidos das vítimas enviadas pela Polícia goiana.

Esse processo, segundo a PF, deve demorar cerca de dez a 15 dias e só então os corpos serão liberados para enterro. As famílias estão programando uma cerimônia coletiva de sepultamento na cidade. Pretendem também entrar com ação na Justiça para reclamar indenização diante da sucessão de falhas do poder público e da omissão de agentes do Estado que tinham o dever de monitorar o assassino confesso.

Adimar foi condenado a 14 anos de prisão (pena depois reduzida para dez anos e dez meses) por violência sexual contra duas crianças em Brasília, em 2005, mas foi posto em liberdade em 23 de novembro de 2009, após cumprir dois sextos da pena. O alvará contrariou parecer de três psicólogas que o consideravam "psicopata perigoso", com "sinais de sadismo" e de "perversão sexual", que o tornavam inapto ao convívio social.

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