Incêncio ocorreu na terça-feira (23) e destruiu hipermercado em Paranaguá| Foto: Aniele Nascimento / Agencia de Noticias Gazeta do Povo

O laudo que vai indicar as causas do incêndio, que na terça-feira (23), destruiu o hipermercado Condor, em Paranaguá, Litoral do estado, deverá ser concluído entre 30 e 40 dias. A perícia está sendo elaborada pelo Instituto de Criminalística (IC) do município, que informou que o prazo é necessário por se tratar de uma ocorrência complexa, que envolve uma área extensa. A rede Condor aguarda os laudos para iniciar a reconstrução da unidade.

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O perito criminal do IC, Amilton da Silva Mendes Filho, que examinou o local após o incêndio ter sido controlado disse que já tem uma "convicção" sobre as causas do incidente, mas que só vai revelar sua análise no laudo. Mendes Filho, no entanto, ressalta que estão descartadas as possibilidades de o incêndio ter sido criminoso. Para apontar o que causou a ocorrência, os peritos se baseiam na avaliação do local, observando aspectos como dinâmica de queda do telhado, avaliação da temperatura e deformação dos materiais.

Residências em perigo

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Oito residências situadas próximo ao depósito dos fundos do hipermercado permanecem isoladas pela Defesa Civil de Paranaguá. Um parecer técnico apontou que a parede de um depósito do prédio foi comprometida e há risco de que ele desabe sobre as casas. As famílias foram encaminhadas a um hotel da cidade, até que a parede seja demolida.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Cleudinor da Costa, ainda nesta sexta-feira (26), haverá uma reunião de técnicos com a empresa contratada pelo Condor para definir um plano de ação para a demolição das paredes e retirada das estruturas metálicas. Ele estima que no início da próxima semana as famílias poderão voltar a suas casas.

O Corpo de Bombeiros mantém contato constante com a gerência do Condor e continua fazendo o acompanhamento do local. "A expectativa é que não seja registrada mas nenhuma ocorrência no local, mas como ainda há estruturas comprometidas, continuamos esse monitoramento", disse o subcomandante do Litoral, capitão Edson Oliveira Ávila. De acordo com o Bombeiros, a fachada e parte da lateral do prédio permanecem em pé. Duas das lojas que funcionavam no local – uma de bijuterias e uma farmácia – foram pouco afetadas.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a rede Condor informou que a partir da emissão do laudo técnico vai acionar a seguradora para iniciar a reconstrução do prédio. A unidade que será erguida no local deve ser mais moderna, seguindo o novo padrão das lojas da rede. De acordo com a assessoria de imprensa, não houve demissões e os 325 funcionários foram remanejados para outras unidades do Condor.

O incêndio

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O fogo atingiu o prédio da unidade do Condor, no bairro Raia, por volta das 4 horas de terça-feira (23) e o Corpo de Bombeiros precisou de mais de oito horas para controlar a ocorrência. A operação envolveu mais de 40 homens e 19 viaturas, de diversas corporações. No início do incêndio, estavam no prédio apenas dois funcionários, que tiveram ferimentos leves.

O incêndio provocou labaredas e uma faixa de fumaça que puderam ser vistos a grande distância. Os Bombeiros tiveram dificuldades para entrar no prédio e tiveram que lançar água à distância para reduzir a dimensão das chamas e a quantidade de calor. O teto metálico do prédio não resistiu e desabou.

A população de Paranaguá lamentou a perda do hipermercado. O local continha o único cinema da cidade e era tido como uma espécie de "shopping center" pela comunidade local.

A Rede Cinesystem Cinemas, que mantinha duas salas no hipermercado informou que não vai dispensar os funcionários no momento. A empresa afirmou que dentro do menor prazo possível vai reinaugurando o cinema em Paranaguá.

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