Ao votar a anistia aos policiais militares e bombeiros grevistas do Rio em agosto do ano passado, com apoio de praticamente todos os senadores, o Senado incorporou ao projeto o perdão a integrantes da categoria em mais 12 estados e no Distrito Federal que se envolveram em movimentos reivindicatórios desde 1997. O texto final, que virou lei a partir de 13 de outubro após sanção da presidente Dilma Rousseff, estendeu a anistia do Rio para os profissionais da Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins, Distrito Federal e Alagoas.
Agora, a mesma Dilma que sancionou a lei com anistia para movimentos grevistas passados, orienta os governadores, Jaques Wagner (PT) inclusive, a não mais conceder o perdão. No ano passado, após a greve do Rio, o clima era favorável à categoria. Na sessão de aprovação da anistia aos 14 estados, em agosto no Senado, o senador Lindbergh Faria (PT-RJ), autor do projeto, afirmou: "A prisão dos bombeiros foi um equívoco. Os bombeiros são heróis, e não podem ser tratados como bandidos. A proposta de anistia atende às expectativas da população do Rio de Janeiro e do Brasil".
O único a ponderar, na ocasião, foi o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que se absteve na votação. Para ele, seria necessário avaliar a ação de cada pessoa no confronto. Ele ressaltou, também, que se tratava de "homens e mulheres que empunham armas", razão pela qual a conduta de cada um deveria ser estudada.
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