Desrespeito às portas de embarque e desembarque
Os biarticulados têm portas distintas para embarque e desembarque. Segundo leitores da Gazeta do Povo, é comum ver passageiros embarcando pelas portas que deveriam servir apenas para desembarque ou se aglomerando em frente à porta de embarque ao invés de buscar as áreas com mais espaço dentro do veículo. O comportamento de usuários e motoristas no transporte foi citado por 4% dos entrevistados como o problema mais comum no sistema. Entre não usuários, esse porcentual sobe para 7%.
Qual o atual estágio: O embarque e desembarque dos passageiros nos tubos e terminais são orientados por meio de painéis luminosos e avisos sonoros. Há campanhas educativas em curso para orientar os usuários a respeitar essa mecânica e também para desobstruir a passagem de quem quer entrar ou sair dos veículos.
Ônibus cheio é a maior queixa em Curitiba
Pesquisa mostra que 51% dos usuários apontam a superlotação como principal problema do setor. Preço da tarifa foi apontado por 15% dos entrevistados
Leia a matéria completaAumentar a frequência de ônibus nos eixos principais da cidade
Para os leitores, não basta aumentar o tamanho dos ônibus, a exemplo do que ocorreu com a incorporação dos ligeirões à frota da cidade. Para eles, é preciso aumentar ainda mais a frequência dos coletivos que circulam nas canaletas, os chamados BRTs. Uma leitora sugeriu que sejam disponibilizados ônibus a cada minuto.
Qual o atual estágio: A ideia, porém, esbarra na própria limitação do modal. No eixo norte-sul, por exemplo, a capacidade máxima atual é de 18 mil passageiros por hora. A prefeitura promete substituir o modal nesse trecho pelo metrô, que terá capacidade de transportar 40 mil usuários/hora.
Melhorar a oferta de transporte público aos finais de semana
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) afirmou que fora do horário de pico o sistema atual é excepcional. Pode até ser. Mas aos finais de semana, segundo leitores, ele deixa a desejar por que a frequência seria mais espaçada, fazendo com que passageiros esperem mais.
Qual o atual estágio. A Urbs decidiu retirar três linhas de circulação aos domingos. A partir do próximo domingo (21), deixa de circular o Linha Direta (ligeirinho) Sítio Cercado. Já a partir do dia 28, será a vez da linha 305-Centenário. Um dia antes, a linha Menonitas deixa de circular a partir das 14h45 – retomando à normalidade na segunda-feira. Segundo a empresa, isso ocorreu por conta da baixa demanda dessas linhas e pelo fato de já haver outras linhas com rotas similares.
Assédio
Problema comum não só ao transporte coletivo de Curitiba, mas que deve sempre ser combatido. Leitoras e leitores relataram no espaço de comentários que é comum serem vítimas de “mãos bobas” e até de usuários que se aproveitam da superlotação para se encostar desrespeitosamente nos outros.
Qual o atual estágio: O vereador Rogério Campos (PSC) tinha um projeto para criar o Panterão – apelido dado aos BRTs que seriam exclusivos para mulheres. A proposta não foi aprovada. Vale ressaltar que o assédio sexual é crime, podendo ser entendido como contravenção penal ou até estupro. Nesse último caso a pena varia de seis a dez anos de prisão.
Licitação
Refazer a licitação iniciada em 2009 por Beto Richa (PSDB) e concluída em 2010 pelo sucessor e apadrinhado político, Luciano Ducci (PSB). Para os leitores, os apontamentos feitos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores e Tribunal de Contas do Estado (TCE) são suficientes para declarar nulo o pleito. Eles entendem que o sistema não é bom por conta do contrato firmado naquela época.
Qual o atual estágio: O processo concedeu o transporte público da cidade aos atuais operadores até 2025, no mínimo. CPI e TCE apontaram para vícios no certame e indicaram a possibilidade de formação de cartel. Nenhum deles, porém, conseguiu aval judicial para refazer a licitação. Pelo contrário. A medida cautelar do TCE-PR foi suspensa no Tribunal de Justiça (TJ-PR). E os empresários pedem na Justiça o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato e, em uma das ações, têm parecer favorável do Ministério Público. Trata-se do pleito em que as empresas pedem que seja interrompido o desconto pelo uso dos bens reversíveis – uma frota de uso exclusivo em Curitiba que elas veem como investimento feito por elas na cidade e a prefeitura entende como propriedade do município.
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