A concorrência para escolher a empresa que assumirá o serviço público de empréstimo de bicicletas de São Paulo foi adiada após recomendação do TCM (Tribunal de Contas do Município).
A Secretaria Municipal de Transportes, responsável pela concorrência, tem até o dia 27 para apresentar um relatório propondo modificações no edital. A abertura das propostas estava marcada para 12/6.
A SSB Produções e Eventos e a E-Max, do setor de telecomunicações, entraram com pedido de impugnação do edital, alegando que as regras da disputa restringem o número de participantes ao exigir que a empresa interessada tenha experiência em operar um sistema com ao menos 40 estações e que o prazo, de 30 dias entre a divulgação do edital e o fim do recebimento das propostas, era insuficiente.
As duas empresas também apontaram que a exigência de instalar um sistema com ao menos 400 estações afasta interessados e que o ideal seria a divisão em lotes menores.
“Não foi adotado o procedimento de divisão em lotes, tendo em vista que atualmente não existe um padrão tecnológico único de travamento de estações, o que dificultaria a implementação de um sistema único e integrado”, respondeu a secretaria no processo.
Outros pontos questionados foram o prazo de implantação, considerado insuficiente, e que deixar a escolha da localização dos pontos de empréstimo a cargo da empresa vencedora prejudica o interesse público.
Regras para as bicicletas, como o peso máximo de 18 kg e a necessidade de instalar um chip localizador, também foram questionadas.
O contrato entre a prefeitura e o Bike Sampa, que possui mais de 200 estações de empréstimo na cidade, expirou em maio após três anos de vigência.
A gestão Haddad abriu uma concorrência para definir se o Bike Sampa, controlado pelo Itaú e pela Serttel, continuará a operar o sistema ou se outra empresa irá assumi-lo.
Enquanto a licitação não for concluída, o Bike Sampa segue funcionando, mas não pode inaugurar novas estações.