Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
repercussão

Líderes das escolas ocupadas pedem que governo aguarde decisão da assembleia

Matheus Santos e Marcelo Miranda, presidente e vice da Upes: para o Ocupa Paraná, governo tenta usar a morte de aluno para desarticular o movimento. | Antonio More/Gazeta do Povo
Matheus Santos e Marcelo Miranda, presidente e vice da Upes: para o Ocupa Paraná, governo tenta usar a morte de aluno para desarticular o movimento. (Foto: Antonio More/Gazeta do Povo)

Os líderes do Movimento Ocupa Paraná pediram ao governo estadual para que aguarde a assembleia dos alunos para tentar chegar a um consenso sobre a reabertura das escolas e o retorno às aulas. Eles fizeram um pronunciamento na manhã desta terça-feira (25), um dia após o assassinato de um estudante de 16 anos na Escola Estadual Santa Felicidade, em Curitiba, segunda-feira (24).

Em sua fala, o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Matheus dos Santos, confirmou a data da assembleia dos alunos das 850 escolas ocupadas para as 8 h nesta quarta-feira (26). O local não foi revelado.

“Acreditamos que o governo do estado deva aguardar o resultado da nossa assembleia e acate as pautas que serão levantadas para que possamos dar fim a este impasse”, disse Santos, que leu uma nota produzida pela agremiação estudantil. Ele também saiu em defesa da Upes em relação ao assassinato do estudante em Santa Felicidade.

“A partir da hora em que há um réu confesso, não tem mais discussão [sobre uma possível culpa do movimento na morte]”, afirmou Santos. “O motivo do crime não está ligado à ocupação. Não há porque nos culpar. Essa é uma manobra para desarticular o nosso movimento, que é pacífico”, disse o vice-presidente da Upes, Marcelo Miranda.

Segurança

Antes do pronunciamento na Upes, representantes do Ocupa Paraná expuseram em reunião com o procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia a preocupação de que com o assassinato no Colégio Santa Felicidade os ânimos se acirrem entre os estudantes pró e contra as ocupações. “Cobramos o Ministério Público e a Defensoria Pública para que deem garantias de segurança aos estudantes que estão nas escolas ocupadas”, explicou Santos.

Na nota lida na Upes, o movimento repudia as incitações de violência contra os alunos das escolas ocupadas. “ Tais atitudes não contribuem em nada para a resolução do conflito”, reforçou a nota.

Por outro lado, os líderes do Ocupa Paraná prometem que vão reforçar as orientações aos estudantes sobre as regras das ocupações, que proíbem a entrada nas escolas de bebidas alcoólicas, drogas, armas, entre outras coisas. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), a morte do adolescente em Santa Felicidade teria acontecido em uma desavença entre dois estudantes que teriam consumido drogas sintéticas. O adolescente acusado de ser o autor do crime foi apreendido ainda segunda-feira.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.