Uma liminar (decisão judicial provisória) conseguida pela Procuradoria Geral do Estado, na manhã desta sexta-feira (19), proíbe a greve da Polícia Civil no Paraná. A paralisação estava programada para começar a 0 hora de sábado (20). De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), a greve colocaria em risco a população do Paraná. "Policial não pode fazer greve. Já há, inclusive, entendimento no Supremo Tribunal Federal quanto a isso", disse o Procurador Geral do Estado, Carlos Frederico Marés, ao site da Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de notícias do governo.

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Em entrevista ao Jornal de Londrina, o presidente do Sindicato da Polícia Civil de Londrina (Sindipol), Ademilson Alves Batista, considerou a medida como uma forma "autoritária" de o governo tratar a questão da segurança pública.

Ele disse que os policiais cumprirão a determinação judicial, porém uma assembleia, no fim da tarde desta sexta-feira, será realizada para discutir os novos rumos do movimento. "Já estamos programando novas ações, como operação padrão para continuarmos mostrando para a sociedade os problemas enfrentados pelos policiais. Vamos continuar cobrando o governo que mostrou com essa atitude não estar se importando e não tem o interesse de fazer uma política de segurança pública melhor", afirmou.

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Guardas Municipais

A 0 hora de segunda-feira (22) deve começar a greve dos Guardas Municipais de Curitiba. Os guardas ainda tentam negociar com a prefeitura, mas a última proposta feita pela administração municipal não foi aceita pela categoria. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, foi oferecido 6% de aumento real. No entanto, os guardas pedem a criação de um piso salarial no valor de R$ 1,3 mil. Hoje o salário é de R$ 744.

"A prefeitura não avança nas discussões. A proposta apresentada é muito aquém do pedido pela categoria. Queremos um piso de R$ 1,3 mil, a prefeitura quer pagar esse valor, mas incluir nisso o risco de vida do guarda, a inflação desse ano e a inflação do ano que vem, que nem sabemos qual vai ser", disse Irene Rodrigues dos Santos, diretora de assuntos jurídicos do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc).

Carreata

Irene afirmou que o sindicato está aberto para o diálogo, mas a iniciativa deve partir da prefeitura. Na manhã de sábado (20) será feita uma carreata organizada pelo Sismuc para alertar a população sobre a paralisação. A manifestação irá passar pelas ruas principais do Centro com saída às 9 horas da frente da prefeitura e chegada às 13 horas em frente ao Shopping Mueller.

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De acordo com o Sismuc, 1.754 guardas municipais trabalham em Curitiba. "O sindicato já tomou todas as medidas legais para iniciar a greve e 30% dos guardas vão continuar trabalhando para serviços emergenciais", afirmou Irene.

A prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que está estudando medidas para evitar transtornos à população com a greve. Os guardas estão acampados desde o dia 1.º de fevereiro em frente a prefeitura .