O ajudante de produção Lindemberg Alves, que responde pelo assassinato da ex-namorada Eloá Pimentel, está preso no mesmo pavilhão que os irmãos Cravinhos na Penitenciária II de Tremembé, a 140 km de São Paulo. Os irmãos Cristian e Daniel são acusados de matar os pais de Suzane von Richthofen, em 2002.
Lindemberg recebeu na manhã desta quinta-feira (30) a visita de seus advogados, Edson Pereira e Ana Lúcia Assad. Na entrada, por volta de 10h, os defensores afirmaram que foram informar seu cliente que a Justiça aceitou as denúncias apresentadas pela Promotoria e que ele vai responder pelo assassinato de Eloá e pelas tentativas de homicídio da adolescente Nayara Silva e de um policial militar.
Os advogados também foram avaliar as condições de Lindemberg, que nesta quarta-feira (29) saiu do regime de observação e foi transferido de pavilhão. O preso está em uma cela que tem capacidade para até três pessoas, mas por enquanto segue sozinho. O pavilhão abriga presos sem curso superior. Alexandre Nardoni, acusado da morte da filha Isabella, está preso em outro pavilhão da penitenciária.
No final de semana as visitas estão liberadas e Lindemberg poderá receber amigos e parentes. Desde que foi transferido para Tremembé, no dia 20, ele não recebeu ninguém além dos advogados. Entretanto, o seqüestrador de Eloá e Nayara foi atendido por uma equipe da penitenciária um clínico geral, um psicólogo, um assistente social e também um psiquiatra, que não notou no preso traços de um provável suicida.
Denúncias
Lindemberg foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) em relação a Eloá; tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) com relação a Nayara, e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) em relação ao sargento da Polícia Militar contra quem Lindemberg atirou.
Além disso, o promotor denunciou o rapaz cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos outros dois menores mantidos reféns no primeiro dos cinco dias do seqüestro. Ele também foi denunciado quatro vezes por disparo de arma de fogo.
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