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Caso Eloá

Lindemberg indiciado por 4 crimes

O promotor Folgado deixa o Fórum de Santo André com o inquérito de 186 páginas concluído ontem pela polícia | Robson Fernandes/AE
O promotor Folgado deixa o Fórum de Santo André com o inquérito de 186 páginas concluído ontem pela polícia (Foto: Robson Fernandes/AE)

SÃO PAULO - A Polícia Civil de Santo André, na região metropolitana de São Paulo, concluiu ontem o inquérito sobre o assassinato da estudante Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, morta após ser mantida refém durante cem horas pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, 22. O rapaz foi indiciado por homicídio doloso (com intenção) qualificado, duas tentativas de homicídio doloso qualificado, disparo de arma de fogo e perigo ou periclitação da vida.

No inquérito, segundo a assessoria da Secretaria da Segurança Pública, o pai da adolescente morta, Everaldo Santos, foi indiciado por falsidade ideológica, uso de documento falso e porte ilegal de arma – havia uma espingarda no apartamento invadido por Lindemberg.

Ao todo, o inquérito tem 186 páginas com o depoimento de 26 pessoas, entre eles o de Nayara Rodrigues, também de 15 anos, atingida por um tiro no rosto, dos policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e vizinhos do apartamento onde morava Eloá. O documento foi encaminhado ao Ministério Público estadual.

O documento será entregue sem os laudos periciais e ainda sem a reconstituição. A Polícia Civil ainda não tem data marcada para a reconstituição do crime. A intenção é que tanto Lindemberg quanto Nayara participem.

Segundo o promotor Antônio Nobre Folgado, o depoimento da sobrevivente será a base da denúncia que ele oferecerá à Justiça. Ele terá um prazo legal de cinco dias úteis – a contar a partir da próxima terça-feira, porque segunda-feira é feriado em Santo André – para fazer a denúncia. Com isso, Lindemberg só deve ser denunciado em novembro.

Inicialmente, o promotor prevê que, caso seja condenado pelo júri, Lindemberg receba pena de pelo menos 25 anos de prisão – pela morte de Eloá, pelas tentativas contra Nayara e contra um PM, por cárcere privado de quatro pessoas e também por disparo de arma de fogo.

Na denúncia à Justiça, o promotor também firmará sua convicção de que o retorno de Nayara foi tramado por Lindemberg porque ele tinha raiva dela. "Ele atirou para matar as duas meninas", acusa.

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