Lindemberg Fernandes Alves deve responder pela morte de Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, e por duas tentativas de homicídio (contra a amiga da adolescente e um policial). De acordo com a polícia, no início da semana Lindemberg atirou em direção a um policial militar que participava das negociações. Lindemberg também responderá por cárcere privado e periclitação de vida (por colocar a vida de pessoas em risco). O inquérito deve ser concluído em dez dias.
No apartamento onde o rapaz manteve as adolescentes, os policiais encontraram duas armas - um revólver calibre 32 e uma espingarda calibre 22. Segundo o delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos, os tiros que atingiram Eloá foram disparados com o revólver. A espingarda seria de familiares da garota e, sem saber manuseá-la, Lindemberg teria disparado um tiro acidental com ela.
Nayara Rodrigues da Silva prestou depoimento à polícia na quarta-feira, após ser liberada do cativeiro pela primeira vez. Ela passou 33 horas em cárcere privado. O documento, divulgado neste domingo, descreve com detalhes o que aconteceu com ela e com a amiga Eloá no apartamento onde estavam. Nayara voltou ao apartamento na quinta-feira por exigência do rapaz e, após o desfecho do caso, ainda não prestou novo depoimento à Polícia Civil. Ela foi baleada no rosto e permanece internada, mas passa bem.
Segundo Nayara, ela, Eloá, e um amigo combinaram de assistir a um filme no apartamento de Eloá para realizar um trabalho de geografia. Foram surpreendidos por Lindemberg, que estava com arma em punho e deu tapas no rosto dos garotos. Nayara revelou que ele demonstrava estar nervoso com o fim do relacionamento com Eloá. Lindemberg dizia o tempo todo que estava uma pilha de nervos e que não sabia o que iria fazer. Além disso, ele ordenou que não falassem alto, ou chamassem atenção dos vizinhos e agrediu Eloá com tapas, chutes e puxões de cabelo quando ela tentava conversar com ele.