A Rua São Francisco amanhece preguiçosa. Enquanto uns poucos passantes vão ao trabalho, três ou quatro estabelecimentos abrem as portas. De quando em quando, um ou outro aluno vai até a Praça de Bolso do Ciclista para fumar um cigarro.
A via começa a acordar, de fato, perto do almoço, quando os restaurantes se aprontam para receber os clientes. É neste momento que parece guardar nuances do projeto de se tornar um polo gastronômico. “A São Francisco se desenvolveu em torno deste conceito. No almoço ainda mantemos o mesmo volume de clientes. À noite, o movimento teve queda de 50%, por causa dessa ocupação desordenada”, diz Júnior Santos, gerente do Brooklin Café.
À tarde, na Praça de Bolso, alguns jovens já se reúnem. Tocam e cantam. Entre eles, um grupo de argentinos e um estudante chileno. Ao fundo, outro grupo conversa e fuma. Cicloativistas – que idealizaram o espaço – também estão por ali. Mesmo à tarde, a Guarda Municipal e a PM não dão trégua. “Se a gente vier dez vezes, em dez a gente encontra alguém com droga”, diz o supervisor Carlos Flausino.
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