O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta segunda-feira a violência que deixou ao menos 17 mortos nos confrontos entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, e disse que o governo federal dará toda "ajuda possível" às autoridades fluminenses no combate ao narcotráfico.
Em encontro em São Paulo com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, Lula também disse considerar, sem dar mais detalhes, a criação de um conselho sul-americano para o combate ao tráfico de drogas.
"Vamos fazer o que for necessário para limpar a sujeira que essa gente deixa no Brasil inteiro", disse o presidente em entrevista coletiva ao lado do colega colombiano.
Segundo Lula, o governo federal ofereceu ao Rio de Janeiro o envio da Força Nacional de Segurança, mas a oferta foi recusada pelas autoridades fluminenses.
Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse que o presidente prometeu 100 milhões de reais ao Estado para ajudar a equipar as forças de segurança fluminenses.
O conflito no Morro dos Macacos, zona norte do Rio, começou na madrugada de sábado, quando traficantes de facções criminosas rivais entraram em confronto na favela entre si e com a polícia. Um helicóptero da PM foi atingido por supostos traficantes e dois policiais morreram no local.
Nesta segunda-feira, um terceiro policial, que ficou gravemente ferido após o pouso forçado do helicóptero em um campo de futebol, também morreu.
Desde o início dos confrontos, ao menos 14 suspeitos traficantes morreram, segundo as autoridades de segurança do Estado.
A polícia do Rio de Janeiro realiza nesta segunda-feira várias ações coordenadas em pelo menos seis favelas da zona norte da capital, com 4 mil homens de prontidão.
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