São Paulo – O presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva voltou a adotar um discurso polarizado para ressaltar as diferenças entre ele e seu opositor, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Durante comício na Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, Lula disse que Alckmin representa a elite, que irá privatizar estatais. Lula afirmou que, se reeleito, tratará com atenção especial os pobres. "A gente precisa cuidar dos mais fracos porque o rico não precisa do Estado brasileiro. Quem precisa é o pobre. O pobre precisa de universidade. O rico pode pagar e, se quiser, até em Paris", comparou.

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Lula admitiu novamente que ficou "chateado" por conta do segundo turno, mas agora diz "achar bom que isso tenha acontecido porque o povo brasileiro tem a oportunidade de sentir a diferença e escolher entre dois projetos". De acordo com ele, um dos projetos defende os interesses da pequena elite brasileira e o outro é o dele, que quer governar para o Brasil inteiro, mas com atenção especial ao povo pobre. "Os meus adversários afirmam que eu quero dividir o Brasil entre ricos e pobres. Eu não dividi nada. Eu nasci pobre. Foram eles que dividiram. Se fosse por mim, todos seriam ricos".

O presidente reforçou sua origem pernambucana e disse que deve tudo o que tem à cidade de São Paulo. "Aqui encontrei minha profissão, minha galega (em referência à primeira-dama, Marisa) e criei meus filhos. Tenho consciência da situação do país e da quantidade de nordestinos que moram em São Paulo e o que a cidade representa para a economia nacional. Mas farei um governo para 170 milhões e não apenas para 30 ou 40 milhões."

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