Brasília O presidente encerrou mais cedo ontem o expediente de trabalho para tratar da campanha à reeleição. Ele se reuniu no início da noite com membros do conselho político. Formado por dirigentes de partidos que apóiam a candidatura do petista, o conselho é responsável pela definição dos rumos da campanha eleitoral de Lula.
O encontro de ontem é o segundo de Lula com o conselho político. A expectativa é que todas as segundas-feiras Lula se encontre com o grupo. Na última semana, o presidente ouviu conselhos como viajar mais pelo país, dando mais atenção à agenda de candidato do que a de presidente.
A preocupação é com as pesquisas eleitorais que revelam crescimento das candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL).
Por orientação do conselho, Lula já cancelou dias viagens que faria para Bolívia e Colômbia nos próximos dias. Na Colômbia, o presidente participaria da posse de Alvaro Uribe, mas considerou que como se trata de uma reeleição, sua desistência não teria implicações diplomáticas.
Multa
O ministro da Educação, Fernando Haddad, entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, que o condenou a pagar multa de R$ 5,32 mil pela veiculação de publicidade institucional em data proibida por lei.
A decisão teve como base uma representação ajuizada pela coligação PSDB-PFL.
Os dois partidos alegam que o MEC veiculou o Programa Educa Brasil na Rádio CBN, no dia 2 de julho, data em que a propaganda institucional já estava proibida. Além da representação contra Haddad, PSDB e PFL pediam a aplicação de multa e a cassação de registro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição.
A lei eleitoral proíbe aos agentes públicos, nos três meses que antecedem as eleições, fazer publicidade institucional.